Publicado em:27/02/2009 às 18:18:49
Publicado em:27/02/2009 às 18:18:49
A crise ecológica agravada pelo aquecimento global é uma extraordinária oportunidade para a nossa geração mostrar a que veio. Em 1992 alguns poucos políticos engajados com a causa ambientalista falavam em crise do movimento ecológico, apontando uma série de problemas a serem superados, como falta de financiamento e profissionalismo. Dez anos depois, em 2002, o ambientalimo brasileiro já vivia uma fase distinta, chamada pelos militantes de モpragmatismoヤ ou モecologia de resultadosヤ.
A palestra aborda as transformações ocorridas na noção de vida como conseqüência de dois processos articulados: os avanços das tecnociências e das biotecnologias nas ultimas décadas do século XX e a ampliação da influência do discurso cientifico na cultura atual.Outro ponto colocado em focoécomo a modificação das fronteiras entre o universo natural e o campo da artificialidade vem transformando o corpo humano e as características biológicas da espécie.
Podemos agora viver cem anos, talvez mais. Cada fase da vida abre chances inéditas. Não há mais papéis prontos, mas a possibilidade de mudar de identidade. Temos tempo de sobra para isso?
O avanço da ciência faz com que seja possível recuar cada vez mais o envelhecimento. Em algum tempo, vamos superar o limite dos 115 anos de vida, que é quando até os caucasianos morrem.
O desenvolvimento humano se faz por meio de fases, como uma espécie de mudança em módulos, em que, em cada fase ou em cada módulo, temos características, comportamentos, sintomas, manias e até uma personalidade diferente. Aprender esta dinâmica e saber reagir e lidar com ela é contribuir para o bom desenvolvimento da fase seguinte e promover a estruturação básica do que será a personalidade final do sujeito.
Hoje olhamos, falamos, discutimos muito sobre a violência e as conseqüências sociais e psicológicas decorrentes, mas, o que mais nos assusta e atinge é a indiferença com que o violento se comporta, como não se importasse nem com o seu ato e muito menos com as conseqüências dele; como se nada do que nos horrorizasse lhe fizesse algum sentido; mas, assim também é com o menino que rouba ou com o jovem que atropela porque bebeu.
A individuação, entendida como realização humana pessoal, pensada à luz das noções de destino e liberdade, em situações "fatídicas"; o destino da individuação na sociedade de massas. Quem sou e o que posso em relação ao destino de ser eu mesmo? Qual minha participação como ser pensante e sujeito de emoções e ações nas transformações sociais?
Com a liberdade sexual, o "sexo sem compromisso" deixou de ser exclusividade dos homens. Através de diferentes pesquisas, foi revelado que a incorporação de novos comportamentos sexuais é muito mais acentuada no gênero feminino, indicando que as mulheres estão liderando esse processo de mudança.
O caráter problemático da vaidade não pode ser desconsiderado, já que é a raiz de quase todos os vícios (anseios que jamais se saciam, provocando dor maior que o prazer). Ainda temos que nos haver com um medo inesperado, o da felicidade: quando estamos muito bem, parece que crescem as chances de alguma tragédia nos atingir; ele é a base de todo o pensamento supersticioso.
Carlos Byington e Maria Helena Guerra, pscanalistas jungianos, mostram que essa tragédia amorosa oscila entre a aceitação e a negação da homossexualidade. O filme ilustra a realidade do amor homossexual e a resistência da sociedade, e do próprio amante, em admiti-lo como uma forma de ser. Do ponto de vista psicológico, veremos como a sociedade norteia-se fundamentalmente por tradições que não priorizam o indivíduo, muitas vezes, inclusive, aniquilando-o.
Privilegiando os temas do niilismo e do eterno retorno, a palestra pretende mostrar que um dos principais objetivos de Nietzsche ao criar uma filosofia trágica é defender uma alegria incondicional com a vida, uma aprovação jubilatória da existência. São muitos os textos de Nietzsche que vão neste sentido.
A metáfora que descreve este percurso é a de um diagnóstico psicossocial de uma época e a luta pela construção de estratégias de vida diante de um mundo feroz, veloz e incerto. A pós-modernidade, conceito filosófico, social e psicológico, é marcada por uma série de desafios. Sua raiz é o despertar do sono dogmático da modernidade e sua crença na razão instrumental e na vida administrada. As utopias modernas jazem sob os escombros do projeto iluminista.
Carlos Byington e Maria Helena Guerra analisam o filme As Pontes de Madison, comentando a história da mulher casada e mãe de dois adolescentes que abdica da paixão por um artista para preservar seu lar. A escolha entre o amor pela família e a paixão pelo amante lhe impõe um ato de sacrifício que exigirá grande força de vontade e que ilustra o funcionamento da consciência que tem que optar entre si mesmo e a família.
Em março, a CPFL Cultura retoma as atividades. A programação começa com exibições inéditas do Café Filosófico na grade da TV Cultura.