Jacques Lacan ficou conhecido, e ainda assim é visto, como, talvez, o mais importante continuador de Freud, alguém que deu estatuto racional iluminista ao Inconsciente, desde sua famosa formulação do ‘inconsciente estruturado como uma linguagem’.
Jacques Lacan ficou conhecido, e ainda assim é visto, como, talvez, o mais importante continuador de Freud, alguém que deu estatuto racional iluminista ao Inconsciente, desde sua famosa formulação do ‘inconsciente estruturado como uma linguagem’.
A proposição da conferência é de circunscrever as novas formas de subjetivação na atualidade, indicando os impasses do discurso psicanalítico de se confrontar com um mundo no qual o Estado perdeu o seu lugar de referência axial no espaço social, tendo como contrapartida a disseminação da economia neoliberal. A questão da autoridade paterna foi colocada na berlinda, de forma que o imaginário da barbárie se atualizou no espaço social.
Vídeo de abertura do módulo "A psicanálise do século XXI. Lacan para desesperados da crise", de Jorge Forbes.
Vídeos das palestras de Campinas
Novas subjetivações e o mal estar na contemporaneidade – Joel Birman
Depois de Freud, o psicanalista Jacques Lacan reivindicava sua filiação às Luzes, aquelas do século de Voltaire, chamado também de ‘o século dos filósofos’. Entretanto, foi praticando a ‘antifilosofia’ que ele afirmava continuar o combate daqueles, contra todos os tipos de preconceitos. O que ele queria dizer com isso? Em que, e até que ponto, a ‘antifilosofia’ lacaniana se inspira no Iluminismo?
Em agosto a CPFL Cultura estreia em Campinas a programação Invenção do Contemporâneo / Luz na Crise, que posteriormente migra para São Paulo e outras capitais brasileiras. Juntamente com a programação do Café Filosófico CPFL, a nova série discutirá temas da contemporaneidade colocados em evidência pela emergência da crise global.
De qual psicanálise serve a este novo século, e que psicanálise pode-se fazer desse novo século? Com este questionamento, Jorge Forbes montou a série "A psicanálise do século XXI. Lacan para desesperados da crise", dentro do Invenção do Contemporâneo / Luz na Crise. Durante as quintas-feiras de agosto, Campinas recebeu três encontros deste módulo.
Há uma expectativa crítica em relação à psicanálise no ar, que poderia assim ser enunciada: “E agora você, e agora Lacan, que nos contou as vantagens da pós-modernidade, da queda dos padrões, da liberdade de escolha: o que fazer com esta crise que se abateu sobre o mundo e pede novas regulações?”.
Vídeos das palestras de Campinas
Ilusões que se vão, prosperidade que se mostra oca podem trazer uma oportunidade importante: o que é viver melhor com menos, o que é evitar o consumismo e pensar num mundo mais sustentável?
Palestra de Olgária Matos no programa Café Filosófico CPFL gravada no dia 14 de outubro, em São Paulo.
Evento do módulo O meu mundo caiu.
A destruição do que não existia – de valores apenas virtuais, sem base real – pode ser a oportunidade de mudarmos de rumo econômico e impedirmos a destruição do que realmente existe: a natureza, o mundo, o planeta. O Brasil se tornou uma potência agrícola, isso não é original. Mas ele tem a chance de ser a primeira potência ambiental do planeta – e de comandar uma mudança de civilização. Que papel podemos ter nisso, nós que aqui estamos?
Cair é efeito da gravidade, daquilo que é pesado. E se, em resposta a um corpo que cai, tentarmos voar – levitar? Em outras palavras, aproximar-se das possibilidades indicadas pela arte, que tantas vezes contrapõe uma certa leveza profunda a tudo aquilo que é pesado e superficial.
Palestra de José Miguel Wisnik no programa Café Filosófico CPFL gravada no dia 21 de outubro, em São Paulo.
A separação amorosa continua sendo uma das mais dolorosas que existe. Ela pode ter aumentado com a crise mundial, mas – independentemente disso – conhecê-la mais de perto ajuda a lidar melhor com as rupturas (conjugais, profissionais, mundiais) que estamos vivendo. Como aprendo a me levantar de uma traição, de um abandono, de uma separação?
Vamos falar de pelo menos três ilusões: uma foi a dos valores vazios, que a crise depreciou, ao preço de inúmeras falências; outra é a do amor-paixão, que nos faz atribuir todas as perfeições a uma pessoa que, obviamente, não pode ser tanta coisa assim; e a ilusão do poder, que nos engana sobre os outros: quem manda sente vaidade, quem o cerca o bajula. Ora, nosso mundo não consegue um entusiasmo que não seja eufórico. Mas um entusiasmo assim é ilusório.
Nosso país não foi tão devastado pela crise mundial, mas mesmo assim, para muitos, o mundo caiu. Foram-se empregos, dinheiro, sonhos de prosperidade.
Vamos abordar a questão da juventude que coloca na berlinda o quadro das idades da vida forjado no século XIX.
Palestra de Joel Birman no programa Café Filosófico CPFL gravada no dia 8 de julho, em São Paulo.
Evento do módulo Subjetivações Contemporâneas.
Antes de iniciar a palestra que deu início ao módulo "Subjetivações Contemporâneas", Joel Birman gravou algumas perguntas para os convidados que completam a série de julho em São Paulo. No próprio texto de apresentação, o curador destaca a subjetivação e contemporaneidade, o que deve pontuar os encontros deste mês em São Paulo.