cafe filosófico

Verônica Fabrini

Atriz e Encenadora, formada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-Brasil), é professora do Departamento de Artes Cênicas desta mesma universidade desde 1992. Foi Coordenadora Pedagógica do Bacharelado em Artes Cênicas de 2000 à 2004 e desde 2006 é Professora e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Artes. No Departamento de Artes Cênicas, coordena o Pitágoras 500, Laboratório de Pesquisa Cênica.

Com especialização em dança, mestrado em encenação (UNICAMP), doutorado em encenação/dramaturgia (USP, São Paulo) e pós-doutorado em Teatro e Filosofia (Universidade de Lisboa), têm como campo de investigação o fenômeno cênico e as ciências do imaginário, numa perspectiva transdisciplinar. É fundadora e diretora artística da Boa Companhia, em 1992, com dezessete anos de produções ininterruptos, companhia na qual atua como encenadora e intérprete.

Atuando profissionalmente desde 1995, a Boa Companhia participou de diversos festivais e mostras no Brasil e no exterior, como Cuba (Seminário Internacional: La Dramaturgia Del Actor, Havana, 1997), Inglaterra (QMW, Universidade de Londres, 1998), Alemanha (ARENA FEST 2002 e 2003, Copa Cultural em 2006), Chile (Festival de Teatro Amil) e Portugal (Seminário Espaço e Linguagem em Proust e Kafka, 2003, Universidade de Lisboa).

Destacam-se entre suas encenações com a Boa Companhia os espetáculos Otelo, um exercício sobre o ciúme (Shakespeare, 04/06), A Obscena Sra. D. (Hilda Hilst, 04/05), Dorotéia (Nelson Rodrigues, 06/09), Sr. Puntila e seu criado Matti (Brecht, 08), Banqete (Qorpo Santo, 97/01), a Trilogia Kafka: Primus, (99/09) Mr. K. e os Artistas da Fome(03/05), Josefina a Cantora ou o povo dos ratos (00/01) e Galeria 17 (06/07).

Dirigiu ainda trabalhos e grupos, como o Matula Teatro (Vizinhos do Fundo, com prêmios de direção e pesquisa, e Versão Vida Cruel, a partir de textos de moradores de rua da cidade de Campinas, 04/05), com o ator Eduardo Okamoto (Agora e na hora de nossa hora, que desde 2005 tem participado em Festivais Nacionais e internacionais, como Riocenacontemporanea, Festival Internacional de Teatro Universitário em Santiago de Compostela, Festival de Lugano, Festival Skena-Up, Kosovo e Festival Internacional de Teatro de Agadir-Marrocos),  La Opera de los três centavos (Brecht) na Universidade Católica do Chile (Santiago, 03), Suíte para um corpo em sombras (Universidade de Évora, 05), Na Galeria (Evoé, Lisboa, 06), A Última Quimera, com concepção de Carlos Canhameiro e Les Commediens Tropicales (São Paulo,07) e Salão de Beleza, concebido pelo compositor Arrigo Barnabé (Projeto Artista Visitante, Reitoria, Unicamp, 08), A História do Soldado, de Stravivinsky (com regência de Fernando Hashimoto) e Dido e Enéias (com regência de Luiz Otávio ((Projeto Artista Visitante,Unicamp)
No campo da dança, realizou atualmente pequenas peças coreográficas-experiementais: “Primeiras Solidões” (solo, Lisboa, 06), “Corpo-Cavalo” (duo com Peter Michael Dietz, Lisboa, 06) e “Lugar In-Comum” (duo com Isabelle Dufau, Rio, 08)  e o espetáculo “Tran(is)tórias” (com Sayonara Pereira e Luiza Banov, em 2009).

Em 2008 cria o espaço Rosa dos Ventos, centro de investigação e trocas artísticas, incentivando o intercâmbio entre as diversas artes e a produção independente, tendo como mote propulsor a curiosidade, a criatividade e a cooperação, bem como os estudos intra e interculturais. A Rosa dos Ventos congrega um coletivo de artistas: Os Geraldos (grupo com o qual dirigiu Lunatic e Hay Amor!), Matula Teatro, Boa Companhia e La Bruja-invenciones.