o humor e sua função – alívio da experiência de aniquilamento, com jacques stifelman (íntegra)
“O humor pega um fato e faz uma manobra. Ele nos faz ver a natureza humana numa situação mais palatável”, disse o psiquiatra Jacques Stifelman durante o Café Filosófico “O humor e sua função – alívio da experiência de aniquilamento” de 27/11.
Segundo o especialista, nem sempre é clara essa relação entre realidade, humor e seriedade. “Ter dúvidas sobre o que a gente pensa pode ser levado a sério. Mas que as pessoas pensam não é o que elas pensam. E sequer tem a ver com elas”, disse.
Curador da série, o apresentador Marcelo Tas, curador da série de novembro sobre o humor politicamente (in)correto acompanhou o encontro e perguntou por que não existe humor em regimes autoritários. Segundo Stifelman, o humor, como outros mecanismos que induzem ao pensamento, é oprimido, em determinados países, porque oferece riscos. Ele ressaltou a peculiaridade da situação brasileira: “Há algo no brasileiro que favorece a não levar a sério alguma coisa”.
O palestrante alertou, no entanto, que o humor deve ser aliado da realidade, e não aliado da evasão mental. “Toda suspensão de contato da realidade, via humor, vai cobrar a conta depois. Da realidade ninguém escapa”, disse.
Confira abaixo a íntegra do encontro:
o humor e sua função – alívio da experiência de aniquilamento, com jacques stifelman (íntegra) from cpfl cultura on Vimeo.