Jornalismo Sitiado
Publicado em:2008-12-26 14:56:42 | Tempo do vídeo: 110 minutos aprox.
Se em algum momento a imprensa já foi chamada de quarto poder,
hoje enfrenta uma crise de identidade.
No mundo globalizado, os grupos de mídia têm se deparado com desafios que há 15 ou 20 anos não eram sequer conhecidos. Assistimos nesse tempo ao surgimento da Internet, à disseminação de novas tecnologias e a uma concentração de empresas de mídia sob a forma de grandes conglomerados. A postura dos jornalistas também vem sofrendo transformações diante dessa nova realidade.
Ao propor um módulo de discussões sobre o jornalismo atual, o Espaço Cultural CPFL procurou trazer um variado conjunto de opiniões para refletir sobre a independência da imprensa. O módulo Jornalismo Sitiado tratou de temas como o papel da mídia em um projeto democrático, a concentração de capital em grupos multinacionais, a segmentação de público e as pressões comerciais sofridas pelas redações. O ciclo também abriu espaço para o recente fenômeno dos blogs, uma vez que jornais, TVs e emissoras de rádio deixaram de ter o monopólio sobre a distribuição de conteúdo informativo. A imprensa manteve-se independente por muitas décadas, mas hoje em dia muitos veículos fazem parte de grandes conglomerados, tendo de dividir seus espaços editoriais com produtos da indústria do entretenimento. Como bem definiram os curadores, essa situação acabou por deixar o モjornalismo sitiadoヤ, esvaziando-o de sua função clássica de mediador do debate público.
Eugenio Bucci, presidente da Radiobrás, autor de モSobre Ética e Imprensaヤ
e モVideologiasヤ
Sidnei Basile, secretário-editorial e de relações institucionais da Editora Abril, advogado e sociólogo, autor de モElementos do Jornalismo Econômicoヤ.
Ricardo Gandour, diretor executivo do Diário de São Paulo e do Comitê de Relações Internacionais da ANJ ヨ Associação Nacional de Jornais.
Paulo Tonet, diretor geral da RBS-Brasília e membro do Comitê de Relações Governamentais Internacionais da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão.
Venicio de Lima, professor de Comunicação da UnB, pós-doutor pela Universidade de Illinois e de Ohio.
Nelson Blecher, editor executivo da revista Exame, co-autor do livro モO Império das Marcas.ヤ
Lúcio Mesquita, funcionário da BBC de Londres desde 1991, é diretor para as Américas da Rede e atuou no Estadão, IstoÉ e Rádio Jovem Pan.
Mario Tascón, jornalista, é um dos fundadores do diário El Mundo, professor associado da Universidade de Navarra e diretor de conteúdo digital da Priscoma, sociedade que administra as atividades digitais do Grupo Prisa. Sob sua responsabilidade estão as webs de El País e Cinco, entre outros.
Wagner Barreira foi um dos primeiros jornalistas a trabalhar com informaçãoes eletrônicas e internet no Brasil (desde 1994). É diretor de redação da secretaria editorial da Editora Abril e professor de Técnicas de Reportagem na PUC-SP. Atuou na Abril.com, Veja, Estadão e Jornal do Brasil.