cafe filosófico

Jorge Mautner

Em Londres nos anos 70, exilado, o artista produziu o filme Demiurgo, no qual estão retratados todos os temas da atual Teoria do Kaos, que permeia sua obra. De 1963 até o dia do golpe de 64, Mautner manteve uma coluna diária no jornal Última Hora, na qual comentava “sua visão de mundo” baseada na trilogia “sexo, sangue e futebol”. Em seu LP de estreia, o ao vivo Para iluminar a cidade de 1972, Mautner compôs ao lado de Nelson Jacobina o sucesso “Maracatu Atômico”, gravado por Gilberto Gil e, depois por Chico Science e Nação Zumbi. Gil também fez a direção e uma participação no LP Jorge Mautner, de 1974. O primeiro compacto simples no entanto, saiu em 65. Merecem destaque também na discografia do compositor: “Bomba de Estrelas” (de 1981 relançado em 95 pela Warner), “Pedra bruta” (1992), o álbum duplo “O ser da tempestade”, de 99, com músicas interpretadas por Gil, Caetano, Gal e Chico Science, entre outros, e “Eu não peço desculpa”, de 2002, produzido por Kassin, a pedido de Caetano Veloso, com o qual conquista o Grammy Latino. Seu mais recente CD, “Revirão”, de 2007, deve ser relançado este ano. Jorge Mautner reflete o momento atual: “Meu público ficou mais jovem… A garotada de hoje já tem o caos inserido dentro dela. Esta é a terceira geração que acompanha meu trabalho e é a que mais compreende Jorge Mautner.”