Desejo sexual feminino no século 21: o que mudou? | Carmita Abdo
Há pouco mais de uma década, uma proposta de ciclo de resposta sexual feminino (diferenciado do masculino) foi divulgada, considerando-se o segundo como linear e desencadeado pelo desejo espontâneo, enquanto que o primeiro seria circular e dependente de estímulos diversos para ser deflagrado (desejo responsivo).
Estuda-se, na atualidade, a importância da predisposição genética, dos hormônios e dos neurotransmissores na eleição de parceiros sexuais e no tipo de relacionamento que será estabelecido. O impacto de experiências emocionais intensas e/ou traumáticas sobre o sexo é outro aspecto que mobiliza. Busca-se até conhecer os elementos que provocam e mantém os relacionamentos de risco ou fadados a desfechos perigosos.
Com Carmita Abdo, médica psiquiatra. Livre Docente e Professora Associada do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Fundadora e Coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da FMUSP. Membro da International Society for Sexual Medicine (ISSM).