Café Filosófico

em abril, continuação do módulo: grandes intérpretes para questões do século 21

Este módulo de gravações inéditas do Café Filosófico CPFL inaugura um ano de celebração para o Instituto CPFL, que em 2018 completa 15 anos de atividades!

Nestas quase duas décadas do século 21, o mundo parece ter se agigantado diante de nós. Espalhou-se pelas redes e impacta a forma como nos relacionamos. As relações entre sujeitos e coletividades estão marcadas por profundas mudanças que demandam novas narrativas sobre o existir, em meio a subjetividades transitórias e vínculos cada vez mais efêmeros.

Curador da série, o filósofo e historiador José Alves de Freitas Neto (foto) e seus convidados nos chamam a revisitar grandes intérpretes na busca por reflexões e possibilidades para nosso século. Dividido em 8 encontros, este módulo reúne intelectuais e pesquisadores brasileiros para debater ideias e possibilidades de interpretação fundamentais a essa busca. O ponto de partida vem de autores que marcaram a história da Filosofia, da Psicanálise e das Ciências Sociais, referências do século 20 e 21, como Hannah Arendt, Jacques Lacan, Michel Foucault e Judith Butler.

Confira abaixo!

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06/04 | sex | 19h
Michel Foucault: a filosofia como modo de vida
com Margareth Rago, historiadora

A filosofia para Michel Foucault tem um sentido prático, pois ela busca oferecer um “diagnóstico da nossa atualidade” fundamentado na compreensão de como as diferentes formas de poder nos afetam. Nessa filosofia, pensada como modo de vida, ganham destaque as formas que visam a constituição de subjetividades éticas e as práticas da liberdade que se opõem a uma visão fascista da vida.

Margareth Rago. Foto: Tatiana Ferro Fotografia


13/04 | sex | 19h
Sartre: política, ética e engajamento
com Renato Janine Ribeiro, filósofo

A atuação de Sartre na vida pública suscita questões relacionadas ao engajamento e às discussões sobre ética e política. A proposta é refletir sobre três textos do filósofo do existencialismo: “As mãos sujas”, obra fundamental para pensar a política, e dois textos que se opõem em alguns pontos: “Os comunistas e a paz”, de 1952, e “O fantasma de Stalin”, de 1956, e discutir como a questão do engajamento continua merecendo ser discutida.

Renato Janine Ribeiro. Foto: Tatiana Ferro Fotografia


20/04 | sex | 19h
Butler, Davis e Fraser: feminismo e democracia na contemporaneidade
com Yara Frateschi, filósofa

É possível falar de democracia ignorando as novas configurações e debates sobre gênero? Escritoras e ativistas como Judith Butler, Nancy Fraser, Angela Davis e Seyla Benhabib tem pautado discussões e questionamentos em torno de hierarquias e os modos de funcionamento das democracias contemporâneas. É preciso discutir sobre emancipação feminina e seus desdobramentos para se compreender a democracia no século 21.

Yara Frateschi | Tatiana Ferro


23/04 | seg | 20h* – especial na Sala São Paulo
Bauman: diálogo da segurança e do efêmero
Com Leandro Karnal, historiador

A partir da aceleração do mundo, facilitada pelas mudanças tecnológicas, o encontro reflete sobre Zygmunt Bauman e a releitura do mal estar da civilização de Freud.  Entre os pensamentos dos autores houve a reflexão dupla sobre o poder destruidor da guerra e o poder de um novo ethos  dado pela internet.  Em meio a tantos caminhos possíveis, a nossa vontade de segurança é redefinida pelo caráter passageiro e contraditório do individualismo que se exibe a todo instante em redes. Como pensar o instantâneo que aspira ao total e a permanência do efêmero?   Como repensar a memória da barbárie declarada e objetiva das guerras em meio à sutileza de outra destruição, a do homem individual e livre?

*ingressos limitados. distribuição de ingresso gratuito a partir das 15h do dia 17/04/2018 através do site ingressorapido.com.br (máximo 2 ingressos por cpf). a entrada no evento será somente mediante apresentação de ingressos. ressaltamos que não haverá distribuição de ingressos e/ou fila de espera no dia do evento.

Leandro Karnal. Foto: Tatiana Ferro Fotografia


27/04 | sex| 19h
Bourdieu: cultura, capital simbólico e reprodução
Com Ana Maria Almeida, historiadora e pedagoga

Qual o papel da cultura para interpretar as formas como se organizam as sociedades? As formas de dominação podem ser dissimuladas em torno de uma suposta participação e consentimento social e cultural? Existe uma violência simbólica que marca o lugar social dos indivíduos e grupos na atualidade? E qual o lugar da juventude na produção e transformação da cultura? São algumas das questões que marcaram a obra de Pierre Bourdieu em seus múltiplos desdobramentos em campos como sociologia, antropologia, direito, educação história e economia e que são úteis para pensar os desafios do século 21.