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CPFL Cultura apresenta em Campinas segunda série inspirada na obra de Villa-Lobos

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A CPFL Cultura apresenta em Campinas, no mês de junho, a série de música erudita contemporânea Vozes de Villa, que tem curadoria do crítico de música do jornal Estado de S. Paulo Lauro Machado Coelho. Trata-se da segunda série do ano inspirada na obra de Heitor Villa-Lobos, uma homenagem ao cinquentenário da morte do compositor brasileiro. As apresentações serão realizadas aos sábados do mês de junho, sempre às 20h, com entrada gratuita (distribuição de ingressos no local, uma hora antes do início de cada evento).

Ouça entrevista com o diretor musical do primeiro evento do módulo
50 anos sem Villa-Lobos (download das apresentações em Campinas)
Vozes de Villa
CPFL Cultura apresenta em Campinas segunda série inspirada na obra de Villa-Lobos
Um toque sul-americano na Broadway
O lado parisiense de Villa-Lobos em Campinas
Ópera de Villa-Lobos volta ao Brasil depois de quase 30 anos
Villa-Lobos em violão e voz

Segundo explica o jornalista e crítico de música João Marcos Coelho, coordenador da programação de música erudita contemporânea da CPFL Cultura – que este mês conta com a curadoria de Lauro Machado Coelho -, o compositor morreu em baixa no Brasil, mas muito reconhecido fora do país. “Como tinha colaborado com o Estado Novo de Getúlio Vargas, ele foi hostilizado pelas novas gerações que surgiram depois da Segunda Guerra. A vanguarda mais experimental passando longe dos temas folclóricos recalcou Villa”, explica Marcos Coelhos. Hoje, a situação é diferente, e esta segunda série em homenagem ao compositor – a primeira ocorreu em março – tem como um dos objetivos mostrar um lado pouco conhecido de Villa-Lobos, como a voz.

O canto esteve presente em toda a trajetória do compositor Heitor Villa-Lobos. Por isso mesmo, serve como porta de entrada para o caráter múltiplo de sua obra, revelando não apenas todas as facetas de sua inspiração como também a rede de influências em que seu trabalho se insere. Ao longo do mês de junho, a CPFL Cultura sugere um passeio por esse universo, com artistas consagrados e novos talentos do canto lírico nacional.

Canções que ecoavam a vanguarda parisiense das primeiras décadas do século 20; miniaturas inspiradas no folclore brasileiro ou em temas como os mistérios da Floresta Amazônica; ciclos que propõem a união da temática nacional com a música de Bach; um musical criado sob medida para a Broadway, cujo enredo se passa às margens de um rio colombiano; uma ópera trágica baseada na poesia do espanhol Federico Garcia Lorca.

Serviço

As apresentações serão realizadas aos sábados de junho, às 20 horas, na CPFL Cultura em Campinas. A entrada é gratuita, com distribuição de ingressos no local, a partir de uma hora antes de cada apresentação. A CPFL Cultura em Campinas fica na rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632. Mais informações em nossa programação ou pelo telefone (19) 3756-8000.

Programação completa:

6 de junho – 20h
Um brasileiro na Broadway
Apresentação de trechos do musical “Magdalena”, escrito em 1948 a partir de libreto de Robert Wright e George Forrest, autores de sucesso do teatro musical americano. O enredo mostra uma índia, Maria, às voltas com a proteção de sua aldeia, tomada por dominadores espanhóis. Direção musical e narração: Mauro Wrona.

13 de junho – 20h
Villa parisiense
As serestas de Villa-Lobos serão mostradas ao lado de peças de Claude Debussy, Maurice Ravel, Lili Boulanger, Darius Milhaud e Arthur Honegger, autores que influenciaram a produção do brasileiro nos anos 20 e 30. Com Manuela Freua, soprano, e Dana Radu ao piano.

20 de junho – 20h
A ópera de Villa
“Tem um pouco de Stravinsky, um pouco de Debussy, de Puccini, um pouquinho de Richard Strauss – e muito Villa-Lobos”, disse o maestro Christopher Keene responsável pela estreia norte-americana de “Yerma”, nos anos 70, sobre a ópera de Villa-Lobos. O libreto é inspirado em poema trágico do espanhol Federico García Lorca sobre uma mulher que busca ser mãe e trata de temas como moralidade, sexualidade e convenções sociais. No Brasil, “Yerma” foi apresentada pela última vez nos anos 80, no Rio, sob o comando de Mário Tavares. Com Elaine Morais, soprano, Rubens Medina, tenor, Sebastião Teixeira, barítono, e Marcos Aragoni ao piano.

27 de junho – 20h
De Bach à Floresta Amazônica
Duas das mais importantes e célebres obras do compositor – as Bachianas Brasileiras nº 5 e o ciclo Floresta do Amazonas – serão interpretados em uma versão diferente da usual: violão e voz, reunindo dois artistas de renome da música brasileira, o violonista Sidney Molina, líder do Quaternaglia, e a soprano mineira Edna D’Oliveira, radicada atualmente na Alemanha. Com Edna D’Oliveira, soprano, e Sidney Molina ao violão.