Café Filosófico

Café Filosófico CPFL na TV Cultura estreia nova série sobre Inteligência Artificial

Inteligência Artificial: submissão e subversão
Curadoria de Giselle Beiguelman

Café Filosófico CPFL é o broadcast de reflexões produzido pelo Instituto CPFL em múltiplos formatos, como palestras, lives e programas de televisão. A série Inteligência Artificial: submissão e subversão será exibida na TV Cultura aos domingos, às 19h. Os episódios também são publicados e permanecem no canal do Café no Youtube.

A Inteligência Artificial traz possibilidades inéditas de controle da sociedade, mas abre também novos caminhos de criação artística e crítica. Neste módulo, artistas e pesquisadoras discutem seus vieses racistas, seus impactos nas indústrias criativas e, sobretudo, como a arte tensiona e se apropria de seu repertório tecnológico.

Episódio 1
02/06 | dom | 19h | na TV Cultura e no canal do Café no Youtube
Encruzilhadas: arte, redes sociais e inteligência artificial, com Larissa Macedo, pesquisadora e artista

É inegável que as redes sociais são hoje território de conflito de ideias, de embate entre visões de mundo, entre verdades – inclusive verdades produzidas, as fake news. A inteligência artificial cria incerteza sobre o valor da nossa privacidade, do nosso trabalho, da nossa existência como um todo. O quanto essas novas ferramentas tecnológicas reforçam a segregação, a desigualdade e a invisibilidade de determinados grupos e existências, e o quanto servem para quebrar fronteiras e ampliar nosso olhar para outras realidades, outras expressões artísticas. Unindo os saberes ancestrais das culturas e religiões de matriz africana a esse presente tecnológico, a pesquisadora e artista Larissa Macedo reflete sobre como é possível interpretar as redes sociais como sendo as novas encruzilhadas. A encruzilhada, esse símbolo de conflitos, mas também de trânsito, de troca, de transformação e de criação.

Episódio 2
09/06 | dom | 19h | na TV Cultura e no canal do Café no Youtube
Máquinas de visão e controle, com Fernanda Bruno

As tecnologias de reconhecimento facial e de videovigilância cada vez mais fazem parte do nosso cotidiano, câmeras alinhadas com a inteligência artificial são usadas para lerem o nosso rosto e para registrarem os nossos passos. Fernanda Bruno, pesquisadora de tecnologia, apresenta esse universo em crescimento e suas possibilidades de uso na segurança pública, nas lutas sociais, na nossa vida privada e até nas artes. E debate os paradoxos destas ferramentas, já que elas podem tanto ampliar o nosso olhar, corrigir pontos cegos da humanidade quanto colocar em risco a nossa privacidade e liberdade de ir e vir. A mesma tecnologia inteligente que registra crimes podem reproduzir injustiças na hora de julgá-los; as mesmas lentes que trazem visibilidade para grupos invisíveis, podem ajudar a reproduzir preconceitos e perpetuar exclusões.

Episódio 3
16/06 | dom | 19h | na TV Cultura e no canal do Café no Youtube
Eu não sou afrofuturista e o que isso tem a ver com máquinas que pensam? Com biarritzzz

São movimentos como o do afrofuturismo que nos convidam a pensar sobre quais as origens da nossa ideia de futuro e de que maneira essa história tem ditado nossa conceitualização de progresso e desenvolvimento. Diversos pensadores e artistas vem propondo em seus trabalhos a reflexão sobre o tempo, de que maneira as diferentes culturas o percebem e de que forma a arte e a ficção são capazes de criar uma estética cultural no qual se imagina pessoas negras no futuro, porém, a construção desse futuro depende da sabedoria anciã de um passado africano. Nesse Café Filosófico, a cientista social e artista Biarritzzz nos convida a conhecer e discutir sobre o afrofuturismo e de que maneiras esse movimento incorpora em sua produção uma diversidade de tecnologias e ciências antigas, ao mesmo tempo que investiga a intersecção entre raça, tecnologia e a inspiração em mitologias, lendas, práticas espirituais e cosmológicas da África e da diáspora.