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Amir Labaki fala sobre a visão contemporânea do vencedor do Prêmio CPFL Energia deste ano

Foi anunciado no último sábado, 17 de abril, o vencedor do Prêmio CPFL Energia / É Tudo Verdade “Janela para o Contemporâneo”. O documentário Terra Deu, Terra Come venceu a disputa de longas e médias-metragens nacionais inéditos dentro do 15º Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade. O diretor do filme, Rodrigo Siqueira, recebe como prêmio R$ 100 mil e o Troféu É Tudo Verdade, criado pelo artista plástico Carlito Carvalhosa.

Amir Labaki, fundador e diretor do É Tudo Verdade, ressalta a diversidade das produções vencedoras deste prêmio nos últimos anos. “O É Tudo Verdade tem premiado filmes que não são da mesma escola, o que faz parte da graça”, comenta, lembrando os últimos premiados, como Cidadão Boilesen no ano passado (“um retrato histórico político”) e Pan-Cinema Permanente em 2008 (“um retrato cultural de um poeta”).

Para Labaki, Terra Deu, Terra Come tem uma simplicidade apenas aparente em sua realização, mas demonstra uma sintonia com a produção de documentários contemporâneos. “Me parece um exemplo de um tipo de documentário brasileiro que tem raízes muito fortes em Minas Gerais e que conhece muito a tradição da história recente do documentário. Parece muito simples, mas se você estuda a estrutura narrativa, você vê que é um filme que conhece as regras do jogo do documentário contemporâneo como poucos”, afirma Labaki.

Com o fim da edição deste ano, o É Tudo Verdade deve começar em breve sua itinerância por outras cidades, passando por Campinas, na cpfl cultura, que receberá a exibição do documentário vencedor desta edição, Terra Deu, Terra Come.