Cine CPFL apresenta sete filmes sobre “diferentes visões de autores brasileiros” em dezembro
No último mês de 2020, sete longas brasileiros figuram na Mostra Cinema e Reflexão, realizada pelo Instituto CPFL, com acesso online e gratuito
Em dezembro, a programação do Cine CPFL, apresentada pelo Instituto CPFL por meio da Mostra Cinema e Reflexão, reúne filmes com o tema “diferentes visões de autores brasileiros”. Os longas serão disponibilizados entre os dias 1 e 30 de dezembro, na plataforma brasileira Looke, com acesso gratuito pelo endereço www.mostracinemaereflexao.com.br.
Com curadoria assinada por Francisco Cesar Filho e Lucas Reitano, a programação traz “A Parte do Mundo Que Me Pertence”, de Marcos Pimentel; “Canções em Pequim”, de Milena de Moura Barba; “Dias Vazios”, de Robney Bruno Abreu; “Meu Nome é Daniel”, de Daniel Gonçalves – e que conta com audiodescrição e LIBRAS; “Nóis por Nóis”, de Aly Muritiba e Jandir Santin; “Uma Carta Para Ferdinand”, de Anderson Dresch e Fabio Cabral; e “Um Casamento”, de Mônica Simões.
Além dos filmes em cartaz, a programação promove uma série de lives com alguns diretores dos longas que fazem parte da mostra, agende-se:
2/12 (quarta-feira) às 17h00 – Marcos Pimentel
4/12 (sexta-feira) às 16h00 – Daniel Gonçalves
7/12 (segunda-feira) às 16h00 – Aly Muritiba e Jandir Santin
8/12 (terça-feira) às 17h00 – Robney Bruno Abreu
18/12 (sexta-feira) às 16h00 – Milena de Moura Barba
Conheça os detalhes de cada longa:
Inspirada pelo documentário “As Canções” (de Eduardo Coutinho, 2011), “Canções em Pequim” (Brasil-SP/China, 2018, 79 min, livre) reúne, na cidade de Pequim, 14 moradores de diversas idades. Eles cantam músicas e falam sobre como cada uma delas marcou suas vidas. Em um retrato poético, pode-se observar as transformações que a China vem passando ao longo das últimas décadas. O longa-metragem foi selecionado para os festivais É Tudo Verdade e In-Edit Brasil.
A divertida produção catarinense “Uma Carta Para Ferdinand” (Brasil-SC, 2020, 95 min, livre) focaliza Frederico Bruestlein, homem de confiança do Príncipe François Ferdinand, dono da Colônia Dona Francisca (que posteriormente iria se transformar no município de Joinville). O personagem é acompanhado por um atrapalhado assistente que visita a cidade nos dias de hoje para elaborar um relato ao Príncipe Ferdinand sobre como andam as coisas por ali. Nessa viagem, o protagonista recebe um choque de modernidade, passa por situações inusitadas e revisita acontecimentos, obras e projetos em que atuou no passado. No elenco estão Clemente Viscaíno, Cristiana Oliveira, Luiz Alves, Severo Cruz e Felp 22.
Já “A Parte do Mundo Que Me Pertence” (Brasil-MG, 2017, 84 min, 14 anos) foi vencedor do prêmio de melhor filme da mostra Novos Rumos no Festival do Rio, melhor longa-metragem documentário no Indian World Film Festival (Índia) e recebeu menção honrosa no Festival de Cinema de Pirenópolis, além de ter sido selecionado para a Mostra do Filme Livre. A produção é centrada na vida cotidiana de diferentes personagens anônimos, que constroem suas histórias longe dos tradicionais cartões-postais da cidade de Belo Horizonte. Trata-se de um filme sobre os combustíveis que nos movem diariamente, tais como a felicidade, reconhecimento, estabilidade financeira, casamento, distração, saúde, diversão, alguns quilos a menos, tranquilidade, superação, sucesso ou – até mesmo – uma simples pipa. Gente comum em busca de seus pequenos desejos cotidianos. O diretor Marcos Pimentel assina 12 filmes e séries de TV, com destaque para o longa-metragem “Sopro” (2013).
O cineasta Aly Muritiba ostenta em sua carreira obras premiadas, como “Ferrugem” (2018) e “Para Minha Amada Morta” (2015), além de episódios da série televisiva “Carcereiros” (2018). Em “Nóis por Nóis” (Brasil-PR, 2019, 96 min, 16 anos), codirigido por Jandir Santin, o realizador focaliza um baile de Rap em Curitiba, no qual quatro amigos se ocupam com atividades e objetivos diferentes. Mari está focada em participar da final do Circuito de Rimas CWB. Japa vende os produtos de Nando, seu “chefe”. Gui é o mais preocupado, ele precisa que tudo dê certo para conseguir uma boa bilheteria e, consequentemente, um bom lucro. Café, diferentemente dos outros, só quer se divertir. No entanto, as reviravoltas da noite juntam seus destinos de maneira permanente. No elenco estão Ma Ry, Otávio Linhares, Matheus Moura e Maicon Douglas. O longa foi selecionado para o Festival do Rio e para a Mostra de Tiradentes.
Marco histórico na produção audiovisual brasileira, “Meu Nome é Daniel” (Brasil-RJ, 2019, 82 min, 16 anos) é o primeiro longa-metragem brasileiro dirigido por uma pessoa com deficiência. Trata-se de um documentário em primeira pessoa onde o jovem diretor carioca Daniel Gonçalves, nascido com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar, percorre o caminho de sua vida para tentar compreender sua condição. A trajetória do filme é impressionante: vencedor do prêmio de melhor longa-metragem na Mostra de Gostoso; menção honrosa de direção de documentário no Festival do Rio; prêmio do público na Mostra de Tiradentes; prêmio “Documental Calificado a los Premios Oscar de la Academia” no Festival de Cartagena de Índias; selecionados para os festivais de Sydney, Dok.fest de Munique, Assim Vivemos, Mostra do Filme Livre, FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires, IDFA-Amsterdã, Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, CineBH e Olhar de Cinema.
“Dias Vazios” (Brasil-GO, 2018, 103 min, livre) foi vencedor dos prêmios de melhor ator, direção de arte e atriz coadjuvante no Cine PE – Festival do Audiovisual e selecionado para a Mostra de Tiradentes, “Dias Vazios” (Brasil-GO, 2018, 103 min, livre) foi vencedor do prêmio de melhor ator (para Arthur Ávila), melhor atriz coadjuvante (Carla Ribas) e melhor direção de arte. No enredo, Jean e Fabiana formam um casal de namorados, cursam o último ano do ensino médio em uma pequena cidade do interior goiano e vivem o típico dilema de deixar a cidade em busca de um novo destino ou ficar e continuar a história dos seus pais. Após passarem o dia juntos, Jean toma uma decisão inesperada e Fabiana desaparece. Dois anos depois Daniel e Alanis tentam entender o que está por trás do que aconteceu. Para eles essa busca se transforma numa chance de reinventar suas vidas. Completam o elenco principal Vinícius Queiroz, Nayara Tavares e Natália Dantas.
“Um Casamento” (Brasil-BA, 2017, 80 min, livre) discute os condicionamentos sociais em torno do casamento a partir da história do matrimônio de Maria Moniz, mãe da diretora Mônica Simões, realizado na Bahia dos anos 1950. Exemplar do cinema de arquivo, o longa-metragem se constrói através do confronto de memórias e segundo regras pré-estabelecidas pela realizadora, que tornam possível a exposição visceral da protagonista. A obra foi selecionada para o festival Panorama Internacional Coisa de Cinema.
Serviço
Cine CPFL de dezembro- “Diferentes visões de autores brasileiros”
Quando: de 1/12 a 30/12
Onde: Plataforma Looke – acesso gratuito e online
Informações: www.mostracinemaereflexao.com.br