orgulho clandestino [expresso 2 – programação audiovisual II]
Com Mônica Broti e Maurício Gomes. Circuito: Vista café + Museu Macc Usp. Livro disparador: Felicidade Clandestina, de Clarice Linspector.
Uma personagem se depara com um acontecimento extravagante quando se sentia amando um Deus que seria seu contraste. Esse Deus seria apenas um modo operante de sua reflexão: “Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe (…) Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante”. Ao contrário da crença cultivada por muito tempo pela cultura judaico-cristã, de que a vaidade em relação aos próprios feitos e conquistas deve ser reprimida, de qual forma a experiência de valorizar conquistas foi reorganizada na contemporaneidade?