ivcl orcampi destaca resultados do brasil no mundial de doha
Dos 9 atletas que integraram a seleção no Catar 5 foram a três finais, com vaga olímpica e recorde sul-americano; a equipe de Campinas tem patrocínio da CPFL Energia e apoio do Instituto CPFL
O IVCL Orcampi comemorou a boa participação de seus atletas no Mundial de Atletismo de Doha, Catar, realizado de 27 de setembro a 6 de outubro, encerrando a temporada internacional de 2019. Érica de Sena foi 4ª colocada nos 20 km de marcha atlética. Também o revezamento 4×100 m masculino, com dois atletas do IVCL Orcampi – Vitor Hugo dos Santos e Rodrigo Nascimento – foi 4º colocado, com recorde sul-americano (37.72). O grupo bateu uma marca que já durava 19 anos e ficou com a vaga olímpica. O revezamento 4×400 m misto também assegurou vaga olímpica no 4×400 m misto, com Tiffani Marinho e Alexander Russo.
“Estamos super satisfeitos com a participação dos atletas do IVCL Orcampi que representaram o Brasil no Mundial e, particularmente, com os finalistas, a Erica, que fez uma prova brilhante na marcha, o 4×100 m com o recorde sul-americano, com o Rodrigo e o Vitor, e a classificação olímpica do 4×400 m misto, com a participação da Tiffani e do Alexander, que correu a final”, analisou o treinador Ricardo D’Angelo, responsável pelo projeto do Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima (IVCL) Orcampi, em Campinas, que tem patrocínio da CPFL Energia e apoio do Instituto CPFL.
Ricardo acrescentou que o IVCL Orcampi se esforçou ao máximo para tentar manter as melhores condições de treinamento e preparação para as principais competições da temporada, o Pan-Americano de Lima, no Peru, em agosto, e o Mundial de Doha, no Catar. “Encerramos aqui a temporada de alto rendimento com esses resultados que reforçam a relevante participação e contribuição do IVCL Orcampi para o desenvolvimento do atletismo brasileiro”, acrescentou Ricardo.
Revezamento 4×100 m misto – O Brasil registrou o melhor resultado de sua história no revezamento 4×100 m masculino, com 37.72, quebrando o recorde sul-americano que durava 19 anos, com Rodrigo Nascimento, Vitor Hugo dos Santos, Derick de Souza e Paulo André Camilo de Oliveira, mas terminou em quarto lugar, na prova que foi disputada no dia 7 de outubro, no Estádio Internacional Khalifa. O pódio teve: Estados Unidos, ouro (37.10, o melhor tempo do ano e a segunda melhor marca do mundo de todos os tempos), Grã-Bretanha (37.36), prata e Japão, bronze (34.43).
O Brasil também assegurou qualificação para a Olimpíada de Tóquio, no Japão, em 2020, ao ficar entre os oito melhores no Mundial. A seleção brasileira do 4×100 m já havia igualado o recorde sul-americano na qualificação em Doha – a marca de 37.90 era do Brasil, dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e tinha 19 anos. E ainda melhorou a marca na final (37.72).
“Conseguimos correr na casa dos 37 (segundos). Ficamos felizes com tudo o que aconteceu na temporada. Vou enaltecer esse resultado de quarto, correndo bem. Vamos treinar para os Jogos Olímpicos, que é o nosso principal ponto”, disse Rodrigo Nascimento, que treina com Victor Fernandes. “Infelizmente a medalha não veio, mas o recorde veio. Trabalhamos muito para chegar até aqui. Agora é pensar no ano que vem, de estarmos bem nos Jogos Olímpicos”, acrescentou Vitor Hugo, também treinado por Victor Fernandes.
4×400 m misto – O Brasil assegurou vaga olímpica no revezamento 4×400 m misto no dia 29/9. A equipe foi formada por Lucas Carvalho (FECAM), Tiffani Marinho (IVCL Orcampi), Geisa Coutinho (Pinheiros) e Alexander Russo (IVCL Orcampi) – o treinador da prova na seleção é Evandro Lazari, também do IVCL Orcampi. O grupo ficou na oitava colocação (3:16.22), garantindo presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Será a primeira vez que a prova será incluída no programa olímpico do atletismo.
O time fez um tempo pior que o da qualificação, quando foi 6º no geral e bateu o recorde sul-americano, com 3:16.22. Na qualificação, o Brasil teve Anderson Henriques (Sogipa), Geisa Coutinho, Tiffani Marinho (IVCL Orcampi) e Lucas Carvalho.
“Cumprimos o objetivo de classificar para os Jogos Olímpicos. As principais equipes fazem isso e parece uma tática certeira correr com homem, mulher, mulher, homem e provavelmente vamos manter isso”, observou Alexander Russo. “Temos condições totais de correr ainda mais rápido, perto de 3:15, 3:14 para os Jogos Olímpicos”, acrescentou o atleta que entrou na equipe para correr a final, com Lucas Carvalho, Tiffani Marinho e Geisa Coutinho. Alexander fechou o revezamento.
Os Estados Unidos ficaram com o ouro, com recorde mundial, em 3:09.34, a Jamaica ganhou a prata (3:11.78) e o Bahrein o bronze (3:11.82).
Tiffani Marinho, do IVCL Orcampi, também treinada por Evandro Lazari, correu a qualificação dos 400 m em 51s96. “Meu segundo 51”, comemorou. Tem 20 anos e tinha a marca de 51.81, obtida no Troféu Brasil, em julho.
Marcha atlética – A pernambucana Erica Rocha de Sena teve uma boa performance na disputa da marcha atlética 20 km no Mundial de Doha. Correu no pelotão dianteiro, enfrentou a equipe da China (quatro chinesas juntas todo o tempo) e ficou em 4º lugar, a 19 segundos da medalha de bronze, com 1:33:36. A prova foi realizada num circuito de rua em Corniche, região turística de Doha, à beira mar no golfo pérsico, com temperatura de 32 graus (sensação de 37) e umidade de 75.2%.
O pódio teve as chinesas Hong Liu (1:32:53), Shemjiie Qieyang (1:33.10) e Liujing Yang (1:33:17). “Faltou um pouquinho para eu ganhar uma medalha para o Brasil”, disse Erica, que também foi 4ª colocada no Mundial de Londres, em 2017.
Os atletas do IVCL Orcampi no Mundial: Rodrigo Nascimento e Vitor Hugo (100 m e 4×100 m), Alexander Russo (400 m e 4×400 m misto), Eduardo de Deus (110 m com barreiras), Marcio Teles (400 m com barreiras), Alexsandro Melo (salto triplo), Ana Carolina Azevedo (4×100 m), Tiffani Marinho (400 m e 4×400 m misto) e Erica de Sena (marcha atlética-20 km). Eduardo de Deus, Marcio Teles e Alexsandro Melo não avançaram às semifinais e final. Ana Carolina foi reserva do 4×100 m feminino.
O IVCL Orcampi, equipe que investe na formação e no desenvolvimento do atletismo, conta com o patrocínio da CPFL Energia e o apoio do Instituto CPFL.
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Crédito: Divulgação/Wagner Carmo/CBAt