cafe filosófico

café filosófico cpfl de março | viveremos trinta anos mais do que nossos avós – e daí?

o café filosófico cpfl está de volta e traz, em março, uma série de palestras sob curadoria de alexandre kalache. participe das gravações, todas as sextas, às 19h ou acompanhe a transmissão online pelo www.cpflcultura.com.br/aovivo!

módulo: viveremos trinta anos mais do que nossos avós – e daí?

uma das poucas certezas que temos, tão antiga quanto o tempo, é a de que a cada dia que passa, ficamos mais velhos. mas agora, junto com o prolongamento da nossa expectativa de vida, enfrentamos o imperativo de vivê-la intensamente. e como é possível viver mais tempo e mais intensamente? esta série propõe refletir sobre esse desafio que todos, independentemente da idade, teremos que enfrentar. pensar nas consequências do envelhecer, na necessidade de melhor se preparar para esta etapa da vida. questionar as implicações dessa nova realidade tanto para nós mesmos, como para a realidade social de um país que já vive o crescimento de sua população idosa.

14/03 | sex | 19h

e você, está se preparando para a velhice ou vai se deixar surpreender?

com alexandre kalache, médico, presidente do centro internacional de longevidade

existe hoje um novo marco politico do envelhecimento ativo. estamos preparados individualmente e socialmente para a velhice? segundo o médico alexandre kalache, a velhice pode ser maravilhosa, uma vez que já não temos mais as pressões de construir uma carreira, criar filhos, dar conta de mil tarefas e demandas… desde que você tenha boa saúde, renda suficiente, conhecimentos, apoio familiar e amigos, o tal do capital social. mas pode também ser uma etapa da vida com solidão, sofrimento, inseguranças. portanto, é fundamental se sentir protegido e amparado. mas no brasil a prevenção deixa a desejar. segundo kalache, é necessário o desenvolvimento de uma cultura do cuidado, pois estamos sofrendo uma “síndrome da insuficiência familiar” e precisamos melhorar nossas relações intergeracionais.

 

21/03 | sex | 19h

vivendo mais: ficamos por mais tempo velhos ou jovens?

com ana amélia camarano, demógrafa e economista do ipea

não se tem dúvidas de que uma das conquistas sociais mais importantes da segunda metade do século xx foi o alongamento da vida ou das vidas. entre 1980 e 2010, a vida média da população brasileira aumentou 11 anos. isto coloca novas perspectivas para todo o ciclo da vida.

a política brasileira ao continuar estabelecendo que a população idosa é a de 60 anos e mais definiu a última fase da vida em 23,5 anos, fase esta mais longa que a infância e a adolescência juntas.

a sua dimensão leva a que ela seja constituída por um subgrupo populacional bastante heterogêneo, tanto em termos de idade quanto de trajetórias de vida. isto deu origens várias visões e estereótipos sobre esse grupo.  em um extremo, a população idosa é considerada como passiva, dependente e vulnerável tanto do ponto de vista econômico quanto físico, mental e cognitivo. no outro, encontram-se novos estereótipos ligados à atividade constante, independência, vontade de poder, consumerismo e divertimento. chegam a chamar esta idade de “melhoridade”.

chama-se a atenção para o perigo que constituem as generalizações da última etapa da vida, seja de uma perspectiva negativa ou ativa, o que se deve à heterogeneidade desse grupo. uma das perguntas a serem feitas: qual ou quais fases da vida se beneficiou desse aumento? quais as oportunidades e desafios desse aumento?

28/03 | sex | 19h

envelhecer como direito: como construir esta possibilidade?

com karla giacomin, geriatra e professora da ufmg

em 30 anos, de cada quatro brasileiros, um será idoso. apesar disso, a maioria de nós prefere pensar e agir como se o envelhecimento não nos dissesse respeito. será? ledo engano. estes velhos já nasceram: são os adultos que têm mais de 30 anos; somos nós. porém, certamente, envelhecer não significa apenas durar mais, mas continuar participando ativamente da sociedade, vivendo com dignidade e poder contar com cuidados, quando for o caso. nessa perspectiva, reconhecendo o envelhecimento como uma conquista social e um direito personalíssimo, é fundamental pensar políticas públicas eficientes que garantam a cidadania plena para o começo, o meio e o fim do curso da vida. como construir esta possibilidade?

módulo: viveremos trinta anos mais do que nossos avós – e daí?
curador: alexandre kalache
local: instituto cpfl cultura (rua jorge figueiredo corrêa, 1632, chácara primavera, campinas – sp);
data: 14, 21 e 28 de março de 2014;
horário: 19h;
capacidade: café filosófico: 180 lugares;
classificação etária: 14 anos;
transmissão online pelo cpflcultura.com.br/aovivo;
entrada gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h. vagas limitadas;
informações: instituto cpfl | cultura (19) 3756-8000 ou em www.cpflcultura.com.br;