O Futuro da energia: nossa matriz energética nos próximos anos
O Brasil está diante de um desafio e uma grande oportunidade. O mundo prepara-se para a mais acelerada transição tecnológica da história. Os lideres do planeta reunidos na Conferência de Copenhagen, a décima quinta Conferencia das Partes da Convenção sobre Mudança do Clima (COP-15 ), decidiram que não se pode permitir um aquecimento global no século XXI superior a dois graus centígrados.
Para evitar um aquecimento do planeta superior a 2,0º C, seria preciso estabilizar as concentrações de dióxido de carbono (e equivalentes ) em 450 ppm (partes por milhão). Para isso, as emissões mundiais terão que ser reduzidas abaixo de seus níveis de 1990.
Reduzir as emissões em relação aos níveis de 1990, período de população menor e anterior ao robusto crescimento econômico dos países emergentes, é um desafio gigantesco. Basta considerar que a Agência Internacional de Energia (AIE), ao projetar as tendências recentes e as políticas existentes, faz previsão de aumento de 50% da demanda energética até 2030, com continuada dependência dos combustíveis fósseis.
Ainda que sujeita às dificuldades das complexas negociações internacionais a tendência de avanço na direção de economias de baixo teor de carbono é robusta. O Brasil tem grandes vantagens comparativas em uma economia global descarbonizada e pode torná-las vantagens competitivas com governança eficaz e gestão do conhecimento.
A eficiência energética e o crescimento da oferta de fontes renováveis de energia é um dos três eixos da construção de uma economia de baixo teor de carbono no Brasil. A construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para a floresta amazônica e a reconversão da logística, especialmente na área de transportes são os outros dois.
O módulo “O Futuro da energia no Brasil : vetores de transformação” pretende apresentar e discutir em quatro palestras as possibilidades e as escolhas que estão frente à sociedade brasileira no contexto dessa grande transição.