Um futuro pouco otimista para os humanos, não para a Terra
Se todos os efeitos de anos de abusos ecológicos já podem ser sentidos em todos os cantos do mundo, isso não preocupa Sérgio Besserman quando se fala do futuro da Terra. Segundo ele, o planeta já passou por coisas bem piores e sobreviveu. Já os homens devem estar alertas para as consequências da exploração desmedida.
O ambientalista e economista carioca Sergio Besserman participou no dia 11 de agosto do Projeto Brasil 2014 – Campo das Ideias com a palestra A transição para uma economia de baixo teor de carbono. No teatro da FAAP, estava presente o curador do módulo, José Eli da Veiga. Por mais de duas horas, o palestrante alertou para o ritmo de destruição causado pelo homem.
“Estamos extinguindo a vida na mesma velocidade de grandes extinções. Somos nós um asteroide como no cretáceo?”, questionou Besserman, citando dados de como estamos acabando com espécies numa velocidade só encontrada em eventos como o do impacto do asteroide responsável pela extinção dos dinossauros na Terra.
Besserman listou seis grandes agressões como as principais responsáveis pelo futuro sombrio pintado na palestra: desertificação e perda de qualidade do solo, buraco da camada de ozônio, crise de recursos hídricos, degradação dos oceanos, extinção de espécies e mudança climática. Destas, a última é a que mais preocupa, pois agrava consideravelmente todas as outras.
A pergunta mais recorrente foi o efeito que isso terá em nossas vidas. Besserman não sabe, e disse que é difícil prever. Mas que o ritmo acelerado de agressão deve ter consequências para os humanos. Já a Terra, após o fim de nossa existência, seguirá seu rumo normalmente.