“toda forma de amor vale a pena”: em abril, quinteto zephyros abre programação deste semeste
O amor por um instrumento; a paixão pela dança; e o delírio de cantar o amor em todas as suas formas. Este é o sentimento que atravessa os três concertos que ocupam o Auditório Umuarama, no Instituto CPFL em Campinas, no primeiro semestre.
Em abril, o quinteto Zephyros, formado por solistas da Osesp e da Sinfônica Municipal de São Paulo, mostra o “choros”, assim mesmo, no plural como Villa-Lobos escreveu, e também um delicioso caleidoscópio de danças da América Latina, de Cuba à Colômbia e à Venezuela assinado pelo clarinetista cubano Paquito D’Rivera.
Curadoria
João Marcos Coelho é jornalista, crítico de “O Estado de S. Paulo”, colunista da revista “Concerto”. Passou pelas redações de “Veja” e “Folha de S. Paulo”, nas quais foi crítico musical. Seu livro “No Calor da Hora – música e cultura nos anos de chumbo” (Editora Algol, 2008) foi finalista do Prêmio Jabuti de 2009. Editou o volume coletivo “Cem anos de música no Brasil – 1912/2012” (Editora Andreato, 2014). Desde 2004 produz e apresenta os programas semanais “O Que Há de Novo” e desde 2008 “Música Contemporânea” e as seções “CD da Semana” (semanal) e “Compositor do Mês” (diário) na Rádio Cultura FM de São Paulo. Para o Selo SESC, roteirizou e apresentou os documentários de 1 hora cada e escreveu o texto dos livretos da série de Livretos-DVDs O Som da Orquestra: “Piano – uma história de 300 anos” (2013), “A Família das Cordas” (2015) e “A Democracia das Madeiras” (2017) e o CD “Cage”. Ministra regularmente cursos sobre temas musicais no CFP – Centro de Pesquisa e Formação do SESC São Paulo. Lançou em novembro de 2017 o livro “Pensando as músicas no século XXI” (Ed. Perspectiva).
Thais Nicolau tem se apresentado como pianista e pesquisadora em diversos lugares do país e do exterior, incluindo Portugal, Cuba, Chile, França, Rússia e Estado Unidos. Com doutorado em música pela University of Northern Colorado, é professora da Universidade do Estado de Santa Catarina, fundadora da Sintonize, vice-presidente do Instituto Incentiv e diretora artística do Festival de Música Contemporânea Brasileira.
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21/04 | 20h
Do “choros” de Villa às danças latinas de Paquito D’Rivera
Quinteto Zephyros
Cláudia Nascimento – flauta
Arcádio Minczuk – oboé
Ovanir Buosi – clarinete
Luiz Garcia – trompa
Fábio Cury – fagote
Zephyros é o Deus do Vento na mitologia grega, que por amor transformou seu sopro destruidor numa brisa sofisticada e agradável anunciando a Primavera. Ele dá nome agora a um quinteto formado pelas primeiras estantes da Osesp e pelo fagotista Fábio Cury (que também já pertenceu à Osesp). A riqueza de sua sonoridade advém do encontro da trompa, instrumento da família dos metais, com quatro diferentes instrumentos da família das madeiras: flauta, oboé, clarinete e fagote. Eles estão juntos há apenas dois anos. Lançaram seu primeiro CD há um mês.
Programa
Heitor Villa-Lobos (1881-1959):
“Quinteto em forma de Choros” (1928)
Samuel Barber (1910-1981):
“Summer Music” (1956)
Alexandre Lunsqui (1969):
“Telluris Canyon” (2017)
Paquito D’Rivera (1948): Suíte “Aires Tropicales”:
– Alborada
– Son
– Habanera
– Vals Venezolano
– Dizzyness
– Afro
– Contradanza