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Revendo a música degenerada

A CPFL Cultura apresenta no mês de setembro a série "Música degenerada", que conta com a curadoria do violoncelista e produtor cultural Roberto Ring e será realizada simultaneamente na capital paulista (às terças-feiras, 20h30) e em Campinas (aos sábados, 20h). "Música Degenerada" foi o conceito adotado por pregadores da ideologia nazista para difamar a música atonal, arranjos de jazz e, acima de tudo, música de compositores judeus, as quais tiveram execução proibida durante o Terceiro Reich. São justamente essas obras que a CPFL Cultura apresenta em sua programação de música erudita contemporânea nos mês de setembro, em Campinas e São Paulo.

No primeiro concerto, que será realizado em Campinas no dia 29 e em São Paulo no dia 8, há pelo menos um compositor, Paul Hindemith, que não é judeu, mas foi absolutamente solidário com eles por causa da discriminação que sofreram: primeiro a execução de suas obras foi proibida; depois sua própria integridade física foi ameaçada.

Kurt Weill e Arnold Schoenberg, por exemplo, emigraram para os Estados Unidos; Erwin Schulhoff, no entanto, permaneceu na Alemanha, e morreu em 1942, num campo de concentração. Os estilos de cada uma das peças são contrastados: um Hindemith maduro, o Schoenberg típico, o Schulhoff com sua originalidade e o Weill com a influência do popular e do jazz (arranjo do violinista e compositor Kurt Frenkel, também refugiado do nazismo).

Em São Paulo, numa parceria com a Sociedade de Cultura Artística, os concertos semanais serão realizados no Teatro Cultura Artística – Itaim (Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1830), com distribuição gratuita de ingressos no local, a partir das 19h. Em Campinas as apresentações acontecem na CPFL Cultura (Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632), também com entrada gratuita e distribuição de ingressos no local, a partir das 19h.