cafe filosófico

Orquestra Sinfônica da UNICAMP apresenta homenagem ao ano da França no Brasil

Toda música do século 20 e 21, de Villa Lobos aos mais contemporâneos compositores de todo mundo, deve tributo à música francesa. Foi graças a compositores como Bizet, Ravel, Roussel e Debussy que ousaram descobrir  novos caminhos para a arte musical buscando inspiração na pintura, na dança e na poesia. A música ampliou sua palheta de sons e cores e ampliou para sempre seu universo incorporando delicadeza, flexibilidade e sofisticação a sua tradição sinfônica.

Dentre as diversas comemorações que trazem para mais próximo de nós a cultura francesa no ano da França no Brasil, a Unicamp, em parceria com a CPFL, apresenta o “Concerto Sinfônico de Música Fancesa”.

Executada pela Orquestra Sinfônica da UNICAMP, a apresentação conta com a participação do solista convidado Florent Charpentier, clarinetista francês do Conservatoire de Paris, finalista do Concurso de Interpretação Claude Debussy (França) e ganhador do prêmio do prestigioso concurso “Printemps de Prague” (Republica Checa), e sob a batuta da maestrina brasileira formada pela Ecole de Musique de Paris Simone Menezes, este concerto pretende apresentar ao público 3 obras chave do repertório da música francesa.

O concerto se abre com a Sinfonia  nº 1 de Georges Bizet. Tão conhecido por sua ópera Carmem e por sua capacidade de escrever música com aspectos latinos, Bizet escreve aqui uma obra clássica. Ele compôs esta obra quando tinha apenas 17 anos e estudava composição no Conservatoire de Paris. Por se tratar de uma obra de juventude, podemos achar nela influência clara de compositores como Mendelssohn, Schubert e Gounod. A sinfonia possui cores vivas e brilhantes além de uma orquestração clássica e simples.

A Segunda obra, Rapsódia para clarineta do compositor Claude Debussy é uma das primeiras obras solistas com uma clara intenção musical impressionista. A obra é uma das peças chave do repertório solista para este instrumento e aqui conta com uma transcrição feita pelo
compositor e orquestrador brasileiro João Victor Bota, mestre pela Unicamp e professor aprovado em processo seletivo para atuação na Emesp- Tom Jobim (Escola de Música do Estado de São Paulo), com obras e arranjos publicados por importantes editoras como a Kalmus

A última obra “Le Festin de l´araignée” (a festa da aranha) é uma obra célebre, totalmente descritiva que trabalha os sons para criar ambientes, personagens, situações, característica marcante da música francesa. escrita inicialmente para um ballet e estreada em 1913 no Théâtre des Arts de Paris. A ação musical do ballet se desenrola em um jardim ao cair da tarde. Neste cenário, temos vários personagens como a aranha, a libélula e as formigas. A obra possui uma riqueza de timbres e um caráter descritivo musical tão presente, que mesmo sem o ballet, é possível acompanhar toda a história narrada em sons pela orquestração de Roussel.

Mais detalhes em nossa programação.