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o movimento feminista negro no brasil: vozes, sujeitos e políticas, com núbia regina moreira

“A estrutura cognitiva da sociedade brasileira não consegue ainda perceber que podemos estar em todos os lugares. É um processo de amadurecimento da própria sociedade. As portas não serão abertas com gentileza. Os pioneiros sofrem um pouco mais porque enfrentam um campo constituído onde não tem iguais a eles. É um lugar de desconforto”, disse a socióloga e professora da UESB Núbia Regina Moreira durante o Café Filosófico CPFL sobre “O movimento feminista negro no Brasil: vozes, sujeitos e políticas”.
No encontro, o terceiro da série “O que querem as mulheres: poéticas e políticas feministas da atualidade”, que tem a curadoria da historiadora da Unicamp Margareth Rago, a especialista afirmou que a culpa da má comunicação do movimento feminista, se há, não é das mulheres, mas dos homens. “Precisamos ser mais audíveis ou eles precisam aprender a ouvir e mudar? É ingenuidade imaginar que vão ceder espaço de poder. Essa é a porta mais difícil de ser arrombada: a porta da estrutura cognitiva que leva à compreensão de que a mulher é um ser humano, um ser político, que pode estar neste lugar. Esse é um arrombamento civilizacional. E a luta é diária.”

o movimento feminista negro no brasil: vozes, sujeitos e políticas, com núbia regina moreira (versão completa) from cpfl cultura on Vimeo.