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O espaço e o tempo:as máscaras da contemporaneidade

O seminário “O espaço e o tempo:as máscaras da contemporaneidade” propõe uma reflexão sobre as mutações da concepção de espaço e de tempo,no momento em que as categorias clássicas da sociabilidade–como “esfera pública” e “direitos”, “sujeito” e “responsabilidades” se desfazem. A atuais inovações tecnológicas e científicas ocorreram na ausência de pensamento crítico e no eclipsamento do papel filosófico e existencial do conhecimento,o “especialista” substituindo o “intelectual”,aquele que era o ” mestre da verdade” e do “saber ético”.Na cultura do virtual, o princípio de realidade vacila, as noções de espaço e tempo se contraem, produzindo uma forma de proximidade fundada na distância e na ausência, em que se gestam o “evitamento”. e “o horror do contato”. Cultura do ressentimento, nela “ser é ser percebido”,como se reconhece nos assassinatos em série e suicídios ostentados em rede, no culto a esportes radicais e no corpo performático,na universalização do uso das drogas e demais experiências do excesso. Trata-se, pois, de compreender a tendência ao desaparecimento do simbólico em suas relações com os mecanismos do desrecalque generalizado e suas implicações para a vida coletiva.