Café Filosófico

Nova série de lives do Café Filosófico CPFL debate as transformações que moldam o futuro

Estreia acontece nesta quinta-feira (7) com o roteirista e multiartista, Tadeu Jungle. A série conta com curadoria de Luiz Alberto Oliveira e a transmissão ocorre pelo canal do Café, no Youtube, às 18h

O Antropoceno, termo criado pelo Nobel de Química, Paul Crutzen, aponta que, na linha do tempo, esta é a época dos humanos. É indubitável que há vestígios da presença humana em qualquer parte do planeta. Mas, quais as consequências que essas atividades podem gerar para o meio ambiente e para a sociedade no futuro? O Café Filosófico CPFL estreia na próxima quinta-feira (07/10), uma nova série de lives #ficaemcasa com o tema “Transformações decisivas: moldando um novo mundo. Com a curadoria do físico e doutor em Cosmologia, Luiz Alberto Oliveira, a série vai abordar os desafios e perspectivas que envolvem essa acelerada expansão. 

Oliveira contextualiza que o estágio civilizatório atual indica que podem ser observadas duas constatações. A primeira trata da abrangência da atividade humana que, inclusive, ensejou um neologismo específico para explicar tais ações: “Paul Crutzen e Eugene Stoermer procuraram resumir essas evidências sugerindo que estaria em vigor no planeta uma nova época geológica, o Antropoceno – a era em que as ações de uma determinada espécie, o Homo sapiens, teria logrado alcançar a escala das grandes forças de transformação planetária”.

A segunda constatação dá conta de que essas atividades humanas só foram possíveis com o acúmulo de competências técnicas e cognitivas ao longo dos séculos: “O acelerado acúmulo de conhecimento científico e técnico sobre uma variedade de sistemas físicos, biológicos e artificiais experimentado no último século teve por resultado a diluição efetiva das fronteiras que tradicionalmente demarcavam distintas modalidades do existir, distinguindo com suposta e definida clareza os domínios dos Naturatos e dos Artefatos, do Orgânico e do Inerte, da Interioridade e da Exterioridade, do Sujeito e do Objeto”, observa o físico.

Composta por três encontros, a série vai debater as consequências dessas “mutações” para a cognição humana, para os campos da saúde, da longevidade – e da desigualdade – das populações, bem como os caminhos de renovação do espaço urbano e as perspectivas acerca da educação. Participam Tadeu Jungle, Michel Naslavsky e Ricardo Henriques.

Fotos: Tadeu Jungle (Fernando Laszlo), Michel Naslavsky (Peu Robles/Folhapress), Ricardo Henriques (acervo pessoal)

 

Primeiro episódio

Na estreia, o roteirista e multiartista, Tadeu Jungle, recebe o Café em sua casa para uma conversa sobre “As histórias das histórias, da caverna ao metaverso”. Neste encontro, Tadeu vai refletir sobre as novas plataformas de comunicação que surgiram na última década e como elas modificaram o consumo de produtos audiovisuais. 

“Contar histórias vem dos tempos das cavernas e hoje toma o nosso cotidiano, muitas vezes numa guerra de narrativas. O celular é uma extensão do nosso corpo e faz com que sejamos não só consumidores, mas também produtores de conteúdo. O Youtube e seu infinito repertório de vídeos parece dizer que ali cabe o mundo, os novos Stories do Instagram e do Facebook nos obriga a estarmos up to date na forma com que contamos histórias ou não seremos mais compreendidos. E, por outro lado, também somos veículos quando enviamos ou encaminhamos vídeos no Whatsapp ou ao criar uma playlist no Spotfy”, explica.

Mas, onde ficam os veículos tradicionais como a TV, o jornal e o cinema? Como isso tudo influencia a maneira de olhar para as telas e compreender o pulso do mundo? Neste contexto, Jungle debate sobre realidade virtual, inteligência artificial aplicada na comunicação e o futuro do audiovisual. 

Confira as datas das exibições:

07/10, 18h – As histórias das histórias, da caverna ao metaverso, com Tadeu Jungle, roteirista e multiartista (lembrete aqui).

21/10, 18h – Fronteiras da medicina: genômica e bioética, com Michel Naslavsky, professor (lembrete aqui)

04/11, 18h – Perspectivas da Educação, com Ricardo Henriques, economista (lembrete aqui).