A noção de autenticidade num sentido enfático, não provém de Adorno e sim de seu antípoda na filosofia contemporânea, Martin Heidegger. Entretanto, não é errado dizer que, na busca de uma vida correta – mesmo não havendo correção no inapelavelmente falso – o que está em questão, no fundo, é um tipo de autenticidade, que deveria se encontrar no estabelecimento de uma razão voltada para fins (e não apenas para meios), para a qual o mito não seria um inimigo, mas uma instância dotada de racionalidade própria, a ser melhor compreendida e incorporada.
