Neste programa, o pesquisador Carlos Nobre apresenta uma breve descrição das atuais condições climáticas e as transformações que elas vêm apresentando. De forma concisa e objetiva, ele mostra como o efeito estufa se transformou numa grande ameaça ao planeta pela sua participação decisiva no aumento do aquecimento global.
ﾓEu só posso entender o mundo, tal como ele é hoje, a partir do que ele poderia ser.ﾔ
ﾓ…ao olhar o mundo da perspectiva do mundo melhor que ele poderia ser, ao mesmo tempo consegue enxergar nesse mundo, os obstáculos para que se alcance essa configuração melhor do mundo.ﾔ
O filósofo Marcos Nobre fala sobre Karl Marx e sobre o marxismo de Horkheimer e Theodor Adorno.
Neste programa Luiz Davidovich procura mostrar os desafios da computação quântica a partir da introdução de noções básicas e não intuitivas da física e do mundo quântico. Ele explica também as tecnologias desenvolvidas nas mais diversas áreas científicas que servem como uma das motivações para o desenvolvimento da computação quântica.
O ambientalista Fábio Feldmann foi um dos participantes do quarto encontro do programa Diálogos Sustentáveis, realizado no Espaço Cultural CPFL entre os dias 3, 4 e 5 de setembro e que teve como tema A transição para a sustentabilidade no Brasil: Informação, Comunicação e Formação. O ambientalista falou sobre a posição da sociedade frente às questões ambientais e sobre o acesso à informação, dentro da programação.
A psicanálise abriu o século 20 com uma nova maneira de enxergar o homem. A ﾓInterpretação dos Sonhosﾔ, publicado por Freud em 1900, provocou a terceira ferida narcísica na humanidade. O homem, que já havia perdido o posto de centro do universo com Copérnico e centro da criação com Darwin, agora deixava de ser dono da sua própria casa.
A revolução psicanalítica somada às revoluções nos costumes pelas quais atravessou o século tornou a busca pela identidade ao mesmo tempo uma promessa de liberdade e uma fonte de angústia.
Como pode ser lido o personagem de Cyro dos Anjos, Belmiro? Apenas como um burocrata preso em suas limitações?
Em ﾑBelmiro, o burocrata líricoﾒ, Alcir Pécora dá novas leituras ao personagem do livro O amanuense Belmiro. Para o professor, Belmiro é uma confluência de várias antinomias, vivendo em um labirinto de oposições, que se reflete inclusive na estrutura do livro. Em alguns momentos a obra se parece com um memorial, em outros, um diário, e, às vezes, um romance.
Alcir Pécora: professor titular da Unicamp.
Uma detalhada descrição do conceito de desterritorialização a partir de quatro perspectivas conceituais. As idéias de território associadas a esse conceito e a multiterritorialidade como uma alternativa para a compreensão das complexas relações espaciais do mundo contemporâneo.
Rogério Haesbaert da Costa épós-doutor em Geografia pela Open University na Inglaterra e professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense.
A partir do século XIX, os ferozes e impetuosos heróis literários encontram nos anti-heróis seus principais opositores. Segundo Manuel da Costa Pinto, esses personagens mostram ﾓo caráter profundamente imoral ou amoral, nocivo e dogmático do heróiﾔ. A crescente problematização da realidade humana indica que os heróis são cada vez mais suscetíveis às falhas e derrotas.
Capitu traiu ou não Bento Santiago? Tendo como base o livro Otello Brasileiro de Machado de Assis, da norte-americana Helen Florence Caldwell, especialista em Machado de Assis, Abel Barros Baptista mostra que Capitu foi condenada sem provas, vítima de um contexto social. Será que tudo não passa de uma trama da mente ciumenta de Bento Santiago, o narrador do livro? Baptista aborda a genialidade de Machado de Assis ao construir uma trama que não dá consolo aos leitores e os deixam angustiados, em dúvida e inquietos.
Antonio Arnoni Prado analisa o livro Memórias de um Sargento de Milícias contrapondo análises e críticas literárias que recebeu desde sua publicação até os tempos atuais. É na visão do crítico Antonio Candido que a principal obra de Manuel Antônio de Almeida se destaca. Nela, Leonardo, personagem principal, encarna o primeiro malandro de literatura nacional.
Vidas Secas, de Graciliano Ramos, é uma obra que à primeira vista parece não ter trama e a falta de diálogos é logo sentida pelos leitores. Em “Fabiano e a Dialética do Romanceﾔ, Alcides Vilaça mostra como Graciliano Ramos se apossa da personagem principal e do universo onde vive. Universo pelo qual é composto pela falta de articulação e palavras. Portanto, o que alguns críticos consideraram uma fraqueza em Vidas Secas, Vilaça nos mostra que é justamente onde reside a riqueza da obra mais importante de Graciliano Ramos.
O palestrante utiliza as metáforas de Hércules (personagem da mitologia grega conhecido por sua força e grandiosidade), e Quasímodo (personagem principal do Corcunda de Notre Dame, clássico de Victor Hugo) para apresentar seu pensamento sobre o Brasil e explicar que estas metáforas têm caracterizado o contexto brasileiro desde o Império, passando pelo processo de independência até os dias de hoje. Segundo Luis Werneck, o lado ﾓHérculesﾔ do Brasil se caracteriza pelo tamanho, pela economia, a ciência, a universidade, a cultura e a arte.
Luiz Eduardo Soares parte de dados estatísticos para mostrar que antes da violência que acomete a sociedade, existe a injustiça social. Jovens pobres de 15 a 24 anos são as principais vítimas. Sem perspectivas, educação e convivência familiar eles são arregimentados pelo tráfico, onde encontram valores. Por outro lado, a sociedade pede às autoridades medidas de segurança pública que os afastem; gerando assim mais injustiça. Para Soares essa fragmentação não pode ser explicada somente por fatores econômicos e sociais, ela está numa cultura que segrega.
Em ﾑMacunaímaﾔ e ﾑSerafim Ponte Grandeﾒ, a professora de literatura Maria Eugênia Boaventura mostra que as semelhanças entre os dois principais autores do modernismo brasileiro, Mário e Oswald, vão além do sobrenome. Para ela as obras dos ﾑAndradeﾒ têm um parentesco estético muito maior do que a crítica mostrou. Além de estabelecerem um diálogo com a vanguarda internacional da época, sobretudo com o dadaísmo, ambos são resultados de um esforço de construção sistemática, tanto na linguagem como na estrutura utilizada. Fatos que a crítica na época não percebeu.
Gerald e Contardo discutem se a representação nos palcos reflete a realidade ou é puramente farsa e fantasia. Um debate que remonta à Grécia, quando nos primórdios da filosofia estética, Platão e Aristóteles divergiam a respeito do status da obra de arte. Para o primeiro, cópia imperfeita da verdade, para o outro, imitação da vida. Este Café Filosófico retoma essa discussão colocando o amor no centro do palco. O teatro representa o amor e ensina a amar? Ou, ao contrário, o amor no teatro é pura farsa?
Gerald Thomas é dramaturgo e diretor teatral.
