Música de câmara no Rio hoje
Um viveiro de tendências
Um convívio estreito entre compositores e intérpretes, a variedade das tendências e a liberdade de criação são alguns dos pontos em comum entre os músicos reunidos nesta mostra representativa do que se tem feito em matéria de música de câmara no Rio de Janeiro nos últimos anos, acrescida de um olhar nostálgico na direção de César Guerra-Peixe (1914-1993). Muitos dos artistas que aqui tocam e mostram suas criações estão na estrada há bastante tempo. Outros chegaram mais recentemente. Juntos, eles nos oferecem músicas afeitas à curiosidade dos timbres e ao risco das combinações instrumentais; músicas que enveredam pela vocalidade e a teatralidade; músicas em que a exploração das texturas co-habita com espaços de improvisação do intérprete ou a investigação de possibilidades seriais, permeando com os ares do jazz, do choro ou do musical as formas européias clássicas. Música de câmara na sua definição mais essencial: o prazer de produzir juntos, em pequeno grupo, sem amarras mas buscando a comunicação.