(In)Segurança Pública no Brasil: a persistência da forma contra a insurgência da substância
Gravado no dia 28/8/2007
O Brasil combina, ao nível institucional, características paradoxais no campo da segurança pública: centralização-uniformidade e fragmentação babélica. Esse híbrido formal convive com a complexidade multidimensional das dinâmicas criminais, o que provoca adaptações disfuncionais, degradação da legitimidade, irracionalidade da gestão e ineficiência crônica. As contradições não superam o impasse que produzem em função do conflito entre o ciclo eleitoral e o tempo de maturação de políticas públicas reformistas.
Luiz Eduardo Soares é Secretário Municipal de Valorização da Vida e Prevenção da Violência de Nova Iguaçu (RJ); professor da ESPMna área de Relações Internacionais. Mestre em Antropologia Social, doutor em Ciência Política, com pós-doutorado em Filosofia Política. Foi secretário Nacional de Segurança Pública entre janeiro e outubro de 2003. Seus mais recentes livros publicados são: “Cabeça de porco”, com MV Bill e Celso Athayde (editora Objetiva, 2005); “Elite da tropa”, com André Batista e Rodrigo Pimentel (editora Objetiva, 2006); “Legalidade libertária” (editora Lumen-Juris, 2006); e “Segurança tem saída” (editora Sextante, 2006).