Gravações do Café Filosófico CPFL retornam em março com a série Diálogos pelo futuro
Diálogos pelo futuro
Curadoria de Alexandre Coimbra Amaral
Como forma de darmos início ao ano de 2024 no Café Filosófico CPFL, algumas perguntas se inscrevem como fundantes para o debate: como construir esperança, leveza e força diante dos descalabros do mundo? Como as transformações nos diversos níveis de ambiência vital têm afetado o nosso viver? Como inventar uma nova forma de vida que se interponha não como passividade apocalíptica, mas como esperança possível? O que pode a nossa vida cotidiana ofertar de oxigenação para a alma oprimida entre tantos dissabores? Qual o papel da esperança, da juventude em nós, do amor e da brincadeira na invenção deste panorama? Os quatro encontros do mês de março de 2024 do Café Filosófico CPFL vêm como inquietação, palavra nova, perturbação bela e invencionice bem-vinda a estes questionamentos.
O Café Filosófico CPFL é o broadcast de reflexões produzido pelo Instituto CPFL em múltiplos formatos, como palestras, lives e programas de televisão.
As gravações são realizadas no estúdio do Café, no Instituto CPFL, que fica na rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, na Chácara Primavera. A entrada é gratuita, por ordem de chagada, a partir das 18h. Os encontros são transmitidos ao vivo no canal do Café no Youtube, e ficam disponíveis no mesmo canal. Inscreva-se no canal do Café no Youtube e ative as notificações para receber conteúdos novos semanalmente.
Encontro 1
07/03 | qui | 19h
Fome de esperança, com Alexandre Coimbra Amaral
A esperança se transformou, em muitos discursos sociais, numa espécie de elogio da ingenuidade. Vista com desdém e descrédito por muitas correntes de pensamento, ela continua, no entanto, nas falas mais cotidianas, nas cenas mais tocantes e que fundam memórias em todos os povos, em todas as épocas. O Brasil está, neste momento histórico, se desfazendo de ilusões quanto à sua identidade cultural – como por exemplo a ideia de que somos uma nação cordial que vive numa democracia racial. Esta mudança de consciência mais realista é muito bem-vinda, primordial à reconstrução honesta de uma cultura secularmente violenta. Mas a esperança continua como pergunta: como ela acontece entre nós? É um acontecimento que chega, enternece a alma e dá fôlego para seguir adiante? É algo que produzimos no caminhar, sincrônico às cicatrizes e dores inefáveis ao existir? Esta conversa pretende abordar o que é possível esperançar, em tempos duros, em dias difíceis, em horas em que nos cansamos de esperar pelo melhor. É uma conversa com cada uma e um de nós, mas também com as identidades coletivas que nos conformam.
Encontro 2
14/03 | qui | 19h
Construindo pontes entre gerações, com Alessandro Marimpietri
No mundo contemporâneo, líquido, veloz e camaleônico, a experiência da transmissão do conhecimento ganha contornos tão inéditos, quanto difíceis de interpretar. No tempo do “tudo-ao-mesmo-tempo-agora” achar um norte para nos tornarmos farol nessa travessia que é a vida, cada vez mais inédita e imprevisível, se converte num grande dilema atual. Numa espécie de corda bamba simbólica, vamos ensaiando uma dança do possível, onde o resgate do simples, do afetivo e do coletivo vai confeccionando novas cartografias. Assim, talvez façamos uma marca indelével no existir de uma geração, que, se conectando com o plural, possa achar seus próprios caminhos. Amar e garantir direitos às infâncias e adolescências talvez seja nossa próxima, e necessária, revolução. Escapando das respostas prontas, das verdades absolutas e da sedação da inquietude, propomos um diálogo contemporâneo, com crítica, coragem, esperança e afeto, costurando em conjunto uma nova trama coletiva.
Encontro 3
21/03 | qui | 19h
Descolonizando afetos: outras formas de amar, com Geni Núñez
Para o pensamento platônico-cristão, o tempo é a oposição da eternidade, de maneira que tudo aquilo que muda, que se transforma, que se modifica, seria inferior àquilo que é eterno, fixo, imutável. Esta percepção impacta em diferentes dinâmicas de nossas vidas, inclusive nos ideais que aprendemos a ter sobre as relações amorosas. Nesta conversa, para expandir as perspectivas acerca desta questão, serão apresentadas poéticas indígenas, em especial as da cosmogonia guarani sobre o tempo. Em um cenário de monoculturas do pensamento, é fundamental um reflorestamento do imaginário.
Encontro 4
27/03 | qua | 19h
Alegria para viver, com Claudio Thebas
No encontro, inspirado por histórias de sua trajetória e na obra do historiador Sóton Felix Nophatio, o palhaço e educador Claudio Thebas abordará de forma prática, através de algumas dinâmicas, o conceito de Escuta Lúdica, como elo de conexão humana e recriação da realidade. Após este primeiro momento de experiencia, palestrante e plateia conversarão sobre o que foi brincado e vivido. A fórmula – jogo/reflexão – é um poderoso instrumento de sensibilização e aprofundamento de temas que normalmente são abordados de forma discursiva.