Café Filosófico

gravação | novembro: café filosófico cpfl discute o suicídio entre jovens

módulo: suicídio entre crianças e jovens: precisamos falar sobre isso
curadoria de neury botega

o que vem acontecendo com as nossas crianças e jovens, muitos diagnosticados com psicopatologias da ordem da depressão, melancolia ou hiperatividade, transtorno bipolar, déficit de atenção, autismo… e as taxas de comportamento suicida que não param de crescer nessa faixa etária? o que está acontecendo no processo de crescimento de nossas crianças e jovens? quais seriam as razões do enorme desafio que eles encontram para conquistar um lugar neste mundo? numa época em que tudo e todos expõem sua vida nas redes sociais, perdem a noção do que é íntimo e privado; encontram um excesso de cobranças, e não conseguem lidar com o imprevisto, com as adversidades. o sentimento de desamparo de nossos jovens, a busca de identificação com grupos que se organizam em torno do “mortífero” e a incidência numerosa de suicídios e automutilações que vêm ocorrendo nos últimos anos exige que se debruce sobre o que vem ocorrendo. precisamos falar sobre isso.

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01/11 | sex | 19h
porque é preciso falar de suicídio
com neury botega, psiquiatra
o comportamento suicida – termo de amplo escopo, cunhado pela organização mundial da saúde – compreende vários atos autoagressivos, independentemente do grau de intenção de morrer. ao contrário de tendência mundial observada no último decênio, os índices de suicídio no brasil continuam a crescer, especialmente entre adolescentes e adultos jovens. como compreender esse fenômeno? desde motivações íntimas, bem como condicionantes socioculturais, combinam-se para levar ao ato suicida. o assunto que antes era tabu agora está presente nas redes sociais virtuais, nos portais de notícia, nas conversas. precisamos compreender melhor o fenômeno, precisamos falar sobre suicídio.

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22/11 | sex | 19h
políticas públicas de prevenção do suicídio
com josé manoel bertolote, psiquiatra
o suicídio acompanha o homem desde suas origens. de início, como prerrogativa de semi- deuses, heróis e personagens míticos dos principais textos escatológicos e religiosos primordiais, em seguida, como um tema filosófico, interessando sobretudo a ética. a partir do século xviii, a medicina, mais especificamente a neuropsiquiatria, apropriou-se do tema, considerando que o suicídio é, fundamentalmente, a expressão ou o desfecho de uma doença mental. no final do século xix, émile durkheim se valeu do suicídio para construir o corpo de conhecimentos que viria a ser conhecido com sociologia. para durkheim, o suicídio era sobretudo um fenômeno social, pouco dependendo de fatores individuais. por volta de meados do século xx, albert camus voltou a realocar o suicídio no centro do terreno da filosofia, afirmando que é o tema mais importante de toda a filosofia. finalmente, ao final do século xx, a oms, diante da magnitude da incidência do suicídio e suas consequências e implicações socioeconômicas, declarou o suicídio uma prioridade para a saúde pública. com todas essas percepções e entendimentos, por vezes antagônicos, fica evidente que apenas uma política pública com estratégias bem articuladas que levem em conta todas elas poderá enfrentar eficazmente o problema. todavia, essa política não deve e não pode ser meramente metafísica e ancorada em boas intenções; ela precisa estar assentada solidamente em evidências científicas e nas melhores práticas que demonstraram eficiência.

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29/11 | sex | 19h
até que ponto as crianças de hoje são diferentes das de antes?
com leandro de lajonquière, psicanalista
hoje em dia não poucas vezes escuto dizer que as crianças não são tão mais crianças quanto as de antes. estas de agora seriam mais inteligentes, capazes de fazer escolhas, talvez um pouco menos respeitosas que aquilo que nos supomos ter sido durante nossa infância, mas também atingidas por síndromes e deficits antes inexistentes dentre outras coisas. elas seriam tão diferentes de quando nós o fomos que chegamos a afirmar que se trata de seres pequenos sem infância. em virtude dessa diferença, os adultos ao tempo que supõem não saberem lidar com crianças tão pouco crianças supõem ser necessário deter algum saber mais ou menos experto para tanto. mas se essas intuições adultas tão atuais não forem mais do que simples traços de uma neurose tão adulta quanto moderninha? talvez seja o caso de pensar a diferença existencial que as crianças nos dão a ver como o indicio do trabalho psíquico que toda criança deve realizar para se fazer de um lugar de palavra no mundo sempre adulto. nesse sentido, cabe nos perguntarmos até que ponto nós adultos sustentamos a criança nessa empreitada. talvez nossas intuições bem adultas para além do fato de dizer de nossa preocupação para com ela, digam também de um certo não querer saber de nossa tendência à renunciarmos com facilidade na educação de uma criança.

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06/12 | sex | 19h
suicídio e comportamento suicida entre jovens
com berenice rheinheimer, psiquiatra
suicídio apresenta grande impacto na adolescência por ser a terceira causa de morte, no brasil, abaixo dos 18 anos. o comportamento suicida, tanto no caso das mortes, como no caso das situações de auto mutilações e de tentativa de suicídio, possui em características próprias em diferentes regiões geográficas e também em diferentes faixas etárias. abordaremos os números a respeito dos suicídio e das tentativas de suicídio na infância e adolescência no brasil e os fatores de risco nesta faixa etária. além do suicídio, o comportamento autolesivo na adolescência tem mostrado características epidêmicas, que preocupa pais e escolas. precisamos conhecer estes fenômenos, com seus mitos e fatos, para pensarmos na prevenção do suicídio.

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no café filosófico cpfl | instituto cpfl | entrada gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h

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