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Exposição de Thomaz Perina abre a agenda cultural

A temporada 2009 da CPFL Cultura já tem data para começar. No próximo dia 21 de janeiro tem início a exposição “Eu quero o mínimo pra falar – Trajetórias de Thomaz Perina”, desdobramento do trabalho de inventário da obra pertencente ao artista plástico, cujo resultado foi a doação de parte do acervo ao instituto que leva o seu nome.

Foram cedidas 78 telas, 650 painéis e 48 séries de esboços, além de fotos e obras de outros pintores e escultores. As coleções documentam a produção de Perina após sua opção pelo abstrato. Grande parte deste material nunca chegou ao público, segundo a historiadora Sônia Fardin (responsável pelo inventário e pela organização da exposição). “O maior destaque do acervo do Instituto Thomaz Perina são os mais de três mil  esboços guardados por Perina ao longo dos últimos sessenta anos, que registram a trajetória de seu processo criativo e cuja maioria nunca foi exposta”, conclui Sônia.

Os 80 anos de dedicação do artista à pintura também são tema de um documentário “Eu quero o mínimo pra falar – Trajetórias de Thomaz Perina”, que também será lançado no próximo dia 21 de janeiro na CPFL Cultura. O filme conta a trajetória de Perina e foi produzido durante o levantamento de parte de sua obra, no qual o artista teve co-participação.

Produzido pela Timbro Filmes e dirigido pelo jornalista Camilo Cassoli, o documentário revela aspectos da vida de Thomaz Perina contados pelo próprio artista. Com trilha sonora de Ivan Vilela, o filme traz uma descrição minuciosa da técnica, cores e inspirações, além de mostrar os desafios do processo criativo e curiosidades de episódios que marcam suas lembranças.

As gravações foram realizadas no ateliê localizado nos fundos da casa onde Perina mora desde a infância, na Vila Industrial em Campinas. Acompanhado por Sônia Fardin, o artista rememorou diversos fatos de sua vida e fases de sua obra. “A idéia foi aproveitar a oportunidade de tê-lo falando sobre seu trabalho durante o levantamento de informações para o inventário, em depoimentos que tivessem maior naturalidade do que se fossem realizados exclusivamente para a câmera”, explica Cassoli.

No documentário, o público poderá conhecer detalhes da vida do artista, como o fato de ele ter sido um requisitado decorador de bailes de carnaval, e o início nas artes plásticas, com 8 anos, pintando nas ruas de terra das proximidades de sua casa. Outro destaque é a presença de imagens inéditas de Perina em Super-8 realizadas (em 1979) por Dayz Peixoto Fonseca, para um filme não concluído sobre o artista.


Exposição e documentário “Eu quero o mínimo pra falar – Trajetórias de Thomaz Perina”

Exibição do documentário: 21 e 22 de janeiro, às 19 horas.
Exposição: de 21 de janeiro a 18 de fevereiro, das 12 às 18 horas.
Local: CPFL Cultura (Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, Ch. Primavera, Campinas – SP)
Entrada: gratuita
Informações: (19) 3756-8000