Café Filosófico
14
abr

na tv | inédito: autoficção, no limiar da biografia e da invenção, com michel laub e manuel da costa pinto

  • tv cultura
  • 21:00

14/04 | dom | 21h
autoficção, no limiar da biografia e da invenção
com michel laub e manuel da costa pinto

“A ficção não tem um caráter utilitário. A ficção de caráter didático, que mostra lições de vida em determinada história, são chamados de romances baratos. A alta literatura rejeita esse caráter utilitário. Hoje as coisas estão forjadas para um retorno econômico. É como se houvesse uma ‘perda do tempo’ lendo determinado livro”, disse o escritor Michel Laub durante o Café Filosófico CPFL sobre “Autoficção, no limiar da biografia e da invenção”.

No debate com o jornalista Manuel da Costa Pinto, mestre em teoria literária e curador da série “Emblemas literários do presente” do Café Filosófico CPFL de abril, Laub disse que a autoficção facilitou a vida do leitor. “Pode dar livros excelentes ou péssimos. De certo modo, hoje em dia as pessoas tendem a gostar de relatos pessoais pelos seus hábitos de leitura e hábitos sociais, pela busca de alguma lição de vida, de personagens que se transformam ao longo da história. É algo mais próximo da realidade do leitor. A ficção pura, não. É mais fácil botar o nome no livro, e fazer com que as pessoas pensem que é sobre você, e isso gera fofocas, vendas, comentários. Gera uma certa facilidade também”, analisou.

Segundo o escritor, no entanto, independentemente do rótulo, “sabemos quando o escritor é bom”. “Não importa se a história dele é verdadeira ou não”, disse Laub.

Para o autor de “Diário da Queda”, nos anos 70 até os 80, a ditadura influenciava a literatura. “A produção hoje é influenciada pelo mundo da internet e reality shows”. Segundo ele, as pessoas hoje passam o dia lendo e escrevendo em redes sociais. É um tipo de texto quase sempre em primeira pessoa. “As pessoas leem mais quantitativamente. Estão mais tempo na tela do que na TV. Mas não é leitura qualificada”, disse.

Costa Pinto pontuou que a autoficção é quase sempre centrada numa questão de urgência. “É um fruto de uma vivência crítica”, disse.

reprises às segundas, depois do roda-viva.

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