Café Filosófico
10
jun

Live do Café com Isabelle Anchieta

  • youtube e facebook
  • 18:00

Em busca de um lugar comum, com Isabelle Anchieta, doutora em Sociologia pela USP, mestre em Comunicação Social pela UFMG

Por que o olhar alheio é tão importante na formação da nossa imagem? Para dar a medida da nossa existência? Por que disputamos, a todo momento, atenção, reconhecimento?  Teria razão Rousseau ao afirmar que “não há felicidade sem os outros”?  Esse é também o tema central da sociologia: elucidar as inevitáveis teias de interdependências que ligam o eu e o outro. Eis a hipótese aqui adotada. As lutas por reconhecimento nos conduziram a uma crescente humanização e individualização no Ocidente Moderno. Esse processo, ainda em curso, depara-se atualmente com o que podemos chamar de hiperindividualismo, acirrando ainda mais as disputas dos grupos e dos indivíduos por autoconfiança e autoestima. Eis o impasse que se apresenta.  Pois se o que buscamos desde sempre, é o reconhecimento ampliado, seria uma boa estratégia apostar apenas em nossas diferenças? Ou melhor, como preservá-las, sem deixar de buscar a empatia, a identificação ampliada e o diálogo? O antídoto para o hiperindividualismo identitário seria a busca de um novo humanismo? Proponho aqui uma síntese, o que denominei de individumanismo, desvelando o papel sócio-histórico da mulher para o seu surgimento.