30
out

Invenção do Contemporâneo – A filosofia francesa depois de maio de 68 | Pierre Zaoui

  • 01:00

A maioria das revoluções que conhecemos acabaram reproduzindo exatamente aquilo que elas combatiam. A dissidência não é um modelo de tomada radical do poder. Significa inscrever-se no interior de um sistema, tomar partido, sem jamais acreditar que se pode revolucioná-lo completamente. Assim foi Maio de 68… que ainda não terminou.

Maio de 68 desestabilizou as categorias  clássicas da política, quebrou os paradigmas, pulverizou o niilismo e continua a fazê-lo ainda hoje. Foi uma revolução que não causou mortes; foi política, mas não queria tomar o poder. Foucault, Deleuze e Derrida, os filósofos rebeldes, nos ajudam a re-pensar a política do pós-Maio de 68, cada um à sua maneira. Eles propõem a política da felicidade e do intolerável como alternativa à política clássica do medo e da esperança. Uma revolução que ainda está em marcha…

Pierre Zaoui é professor da Universidade de Paris VII, diretor de programas do Colégio Internacional de Filosofia, co-fundador e membro da revista Vacarme. Publicou, dentre outras obras, Le libéralisme est-il une sauvagerie? (Bayard 2007), Spinoza, la décision de soi (Bayard, 2008) e Vivre c’est croire (Bayard, janeiro de 2010).

Invenção do Contemporâneo vai ao ar na TV Cultura à 1h de segunda para terça-feira.