Café Filosófico
05
out

gravação: a era das ias: memórias, arquivos e apagamentos, com giselle beiguelman

  • instituto cpfl e youtube do café
  • 19:00

05/10 | qui | 19h
A era das IAs: memórias, arquivos e apagamentos
Com Giselle Beiguelman

Há uma febre de aplicativos para tridimensionalizar, colorizar, animar fotos antigas e dar “vida” ao passado. Com recursos de inteligência artificial e aplicativos populares nas redes, é possível, “ressuscitar” artistas e personagens históricos para interpretar cenas que nunca viveram, bem como rejuvenescer, envelhecer e “embelezar” qualquer um com poucos cliques. Para além das disputas de direitos autorais e problemas específicos da cultura do entretenimento, esse novo repertório tecnológico pode impactar nossa percepção da história e da memória, reforçando negacionismos políticos e estereótipos sobre corpos supostamente perfeitos e eternamente jovens. 

> Entrada gratuita no estúdio do Café, por ordem de chegada, a partir das 18h. Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera, Campinas/SP.

_____

Série:
Inteligência Artificial: submissão e subversão 

Nesta série do Café Filosófico CPFL, quatro artistas discutem os vieses racistas da Inteligência Artificial, seus impactos nas indústrias criativas e como a arte tensiona e se apropria da tecnologia, abrindo também novos caminhos de criação artística e crítica.  

O uso de inteligência artificial vem borrando as fronteiras entre a realidade e a ficção, tornando cada vez mais difícil verificar a legitimidade de fotos e vídeos. Enquanto ainda se debate a ética da manipulação digital, programas inventam imagens verossímeis, com consequências políticas e sociais imprevisíveis.  

É improvável que as IAs sejam capazes de controlar nosso olhar no sentido de nos forçar fisicamente a olhar para algo. No entanto, as técnicas de visão computacional baseadas em inteligência artificial podem influenciar o que vemos, no que prestamos atenção e como moldamos a visualidade.  

Essas questões apontam tanto para uma cultura visual que se expande a partir de parcerias inéditas entre humanos e máquinas, como também evidenciam os riscos de um condicionamento tal em que só enxergaremos aquilo que a visão computacional pré-determinar.