07/06 | sáb | 11h | café filosófico especial na livraria da vila | campinas: elitismo, autonomia, populismo: os intelectuais na transição dos anos 1940, com milton lahuerta

café filosófico especial | livraria da vila

07/06 | sáb | 11h

elitismo, autonomia, populismo: os intelectuais na transição dos anos 1940

com milton lahuerta, cientista social

O papel dos intelectuais no Brasil é tema de debate na Livraria da Vila em Campinas

O cientista político Milton Lahuerta fala sobre a ruptura entre cultura e política após mobilização frustrada de escritores nos anos 40 e as consequências desse cisma na relação entre autores, público e mercado editorial nos dias atuais

O cientista político Milton Lahuerta conversa com o público sobre o livro “Elitismo, Autonomia, Populismo: Os Intelectuais na Transição dos anos 1940” no sábado, às 11 horas, na Livraria da Vila do Galleria Shopping. O encontro é parte da programação especial do Café Filosófico CPFL.

A obra analisa o papel dos intelectuais brasileiros durante o Estado Novo (1937-45), período marcado pelo acirramento de posições ideológicas no País a partir dos conflitos geopolíticos mundiais. O Estado Novo, defende Lahuerta, politizara como nunca a produção cultural e procurou atrair os intelectuais para a sua alçada com as bandeiras do moderno e da solução definitiva para a crise de identidade social dos autores.

“As dificuldades de profissionalização, na virada dos anos 1930, levaram uma parte dos jovens intelectuais, inclusive os de esquerda, a se aproximar dos organismos culturais do Estado Novo, particularmente das revistas controladas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Esses, assim como aqueles que vivenciaram o projeto estatal como uma espécie de guarda-chuva para o desenvolvimento de sua atividade criadora, evidentemente se diferenciam daqueles que aderiram de corpo e alma ao projeto estatal, certos de que, através dele, estariam realizando uma missão com caráter público: a modernização como forma de criar a nação.”

O livro é uma oportunidade para o leitor conhecer em detalhes o nascimento e morte da Associação Brasileira de Escritores (ABDE), alvo de uma disputa intensa entre seus integrantes no período de 1942 e 1949. O acirramento das posições ideológicas e a consequente ruptura do grupo, escreve Lahuerta, tiveram como consequência uma cisão não apenas entre comunistas e liberais, mas entre política e cultura no Brasil. O resultado dessa disputa tem ecos até os dias de hoje, com o crescente afastamento dos escritores da vida pública e a influência das empresas privadas na formação do público e na manutenção do sistema de venda e circulação da literatura nos moldes hoje consagrados pelo mercado editorial.

O cientista político Milton Lahuerta fala sobre a ruptura entre cultura e política após mobilização frustrada de escritores nos anos 40 e as consequências desse cisma na relação entre autores, público e mercado editorial nos dias atuais

O cientista político Milton Lahuerta conversa com o público sobre o livro “Elitismo, Autonomia, Populismo: Os Intelectuais na Transição dos anos 1940” no sábado, às 11 horas, na Livraria da Vila do Galleria Shopping, em Campinas. O encontro é parte da programação especial do Café Filosófico CPFL.

A obra analisa o papel dos intelectuais brasileiros durante o Estado Novo (1937-45), período marcado pelo acirramento de posições ideológicas a partir dos conflitos geopolíticos mundiais. O Estado Novo, defende o autor, politizara como nunca a produção cultural, procurando trazer para sua alçada as bandeiras do moderno e os intelectuais, prometendo a esses últimos uma solução definitiva para a crise de identidade social na qual se viam imersos.

local: livraria da vila | galleria shopping | rod. dom pedro i, s/ nº | campinas

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