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11/09 | sex | 19h | café filosófico cpfl ao vivo: O poder dos afetos, Com Oswaldo Giacóia Jr.

  • 19:00

clique aqui a partir das 19h e assista online!

café filosófico cpfl | setembro/2015

módulo: O circuito dos afetos

curadoria: Vladimir Safatle

Costumamos compreender o capitalismo como um sistema econômico baseado em princípios como o livre-mercado, a concorrência e a valorização incessante do Capital. No entanto, podemos compreendê-lo privilegiando sua natureza de circuito de afetos que estrutura formas de vida. Tal mudança de foco nos permite definir de outra forma o que pode ser a crítica social e quais seus efeitos.

Dizer que o capitalismo é um circuito de afetos significa dizer, entre outras coisas, que não se deseja da mesma forma dentro e fora do capitalismo, assim como não se sofre, nem se é afetado da mesma forma. O capitalismo alimenta um certo ritmo de nossos desejos, uma certa gramática das formas de sofrer que se naturalizou em nosso sistema de afecções. Neste sentido, falar em circuito de afetos implica discutir a maneira com que nossa coesão social e nossa adesão a formas de vida são construída através da modalidade com que corpos são afetados por outros corpos, fantasias circulam entre indivíduos e sensibilidades são sujeitadas.

Uma crítica social atenta a natureza dos circuitos de afetos irá se perguntar então sobre como podemos ser afetados de outra forma, desejar de outra forma e sofrer de outra forma. Nunca seremos capazes de criar novas formas sociais se continuarmos presos aos mesmos afetos de sempre, aos mesmos corpos com seus movimentos e velocidades. Por isto, a crítica deve saber como articular experiência social e dinâmica subjetiva.

Este ciclo de palestras procura abordar tais questões a partir de uma articulação cruzada entre psicanálise, filosofia e teoria social. Ele parte da defesa de que precisamos de novas formas de crítica e procura começar a pensar a partir deste desafio.

11/09 | sex | 19h

O poder dos afetos

Com Oswaldo Giacóia Jr., filósofo e professor da Unicamp

A valorização da singularidade, como processo de subjetivação, constitui, na filosofia de Baruch de Spinoza, um aspecto importante na terapia da mente, bem como um desdobramento essencial de sua teoria da ativação dos afetos, especialmente dos afetos alegres. A alegria é compreendida como um afeto tônico que, aumentando a potência de existir, leva à virtude, tanto no plano individual quanto político. Ativar os afetos, converter em alegres as afecções passivas e tristes constitui, para Spinoza não apenas um caminho para uma intensificação da potência ou ‘conatus’, mas também – o que é o mesmo – para a sabedoria, a virtude e a felicidade.

local: cpfl cultura (rua jorge figueiredo corrêa, 1632, chácara primavera, campinas – sp);
datas: 11/09/15;
horário: 19h;
capacidade: 180 lugares;
classificação etária: 14 anos;
transmissão online pelo cpflcultura.com.br/aovivo;
entrada gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h. vagas limitadas (lotação da capacidade da sala);
informações: (19) 3756-8000