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Escola de Formação do IVCL/Orcampi: atletismo e educação

Vitória dos Santos, 14 anos, não sabia bem o que era o esporte quando foi conhecer o projeto que tem patrocínio da CPFL Energia e apoio do Instituto CPFL; hoje se diz vidrada na velocidade, gosta das barreiras e do salto em altura e dos conselhos de vida da professora

Vitória Eduarda Ramos dos Santos tem 14 anos, é aluna do 9º ano na Escola Estadual Prof. Ferreira Lima, em Campinas, onde vive. Foi até a pista do Swiss Park de Campinas para conhecer o projeto de atletismo, com a prima Naiara, e dois dias depois já era aluna da Escola de Formação do IVCL Orcampi. “Ela fazia atletismo e comentou sobre isso comigo. Eu já era interessada, mas não sabia muito sobre o esporte. Falei com minha mãe (Talita Porto Ramos dos Santos) e ela gostou, também por ser gratuito. Vim na quarta para ver e voltei na sexta para treinar”, conta Vitória.

O Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima (IVCL) Orcampi tem patrocínio da CPFL Energia e o apoio do Instituto CPFL no trabalho de educação e desenvolvimento do Brasil também pelo esporte.

Vitória fez capoeira, futebol e está no atletismo há três meses (dezembro/2019) – concilia com o muay thai –, confessa que para ela atletismo era corrida. Não conhecia a diversidade de provas de pista e campo do esporte. O programa olímpico do atletismo tem 47 provas.

“No começo, achei que não aguentaria os treinos, a preparação física”, comentou. Mas depois tudo foi se encaixando e o interesse aumentando. “Comecei a procurar e a me interessar por provas de velocidade. Fui aprendendo que a corrida era feita de passadas largas, que havia uma forma correta de respirar…”

Passou até a procurar e ver provas de velocidade, principalmente masculinas, no youtube. “Fiquei vidrada com aquelas passadas perfeitas.” Gosta de ver em ação o norte-americano Tyson Gay, tricampeão mundial nos 100 m, 200 m e 4×100 m; o jamaicano Usain Bolt, multicampeão – tem 8 ouros em Olimpíadas e 11 em Mundiais – nos 100 m, 200 m e 4×100 m; e a holandesa Dafne Schippers, bicampeã mundial e medalha de prata olímpica nos 200 m.

Mas os ensinamentos estão vindo das palestras e do que fala a professora Aline da Silva que trabalha com a Escola de Formação no IVCL Orcampi, juntamente com a professora Letícia Cristina Soares da Silva e o professor Wagner Francisco Cardoso. “Ela disse que quem vence nem é o melhor, é o mais inteligente, que o importante é eu me superar e não ficar preocupada com o outro, que quantos mais coisas fizer melhor, se uma não der certo, a outra pode dar e no futuro sempre será possível recomeçar…”

Além da velocidade, Vitória gosta das barreiras e do salto em altura. “A gente faz tudo, não tem ainda uma prova específica.” Já fez duas competições nesses poucos meses de atleta e gostou muito de participar das provas de 75 m do Circuito ARA, realizadas em Valinhos e em Vinhedo, cidades vizinhas a Campinas, São Paulo. Correu na casa dos 11 segundos. “Acho que fui bem por correr sem sapatilha – fui a terceira da minha bateria na Categoria C.”

Atletismo e educação

A Escola de Formação do IVCL Orcampi vai dos 7 aos 16 anos. A novidade é que o projeto passou a receber crianças da faixa etária dos 7 aos 10 anos. “E atende crianças e jovens de todos os perfis físicos – alto, baixo, gordo ou magro… A matrícula é antecedida de um teste para ver se a criança gosta e se vai se encaixar. Eles passam por todas as provas do atletismo. É totalmente gratuito e o aluno ainda recebe vale-transporte e lanche”, comenta Aline.

“Ela começou a treinar, mas foi só quando convidamos para participar de uma competição do Circuito ARA que foi entendendo o que era o atletismo”, contou Aline, sobre Vitória. “O treinamento em si é só aptidão física e se o aluno se dedicar vai melhorar. Mas depois que conhecem a competição, tudo fica mais claro”, acrescentou.

Aline diz que Vitória é inteligente, presta atenção e faz tudo no treino sem reclamar. “Quando chegou, ela não conseguia dar uma volta na pista e agora já está fazendo muitas coisas, apesar dos poucos meses com a gente.”

Vitória escreveu sobre a Olimpíada de Los Angeles/1984 e a participação do brasileiro Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 1.500 m naquela edição dos Jogos. Foi estimulada a pesquisar, depois de aparece num treino usando uma camiseta alusiva a Los Angeles.

“Temos muitas atividades alternativas, principalmente nas semanas de férias – como essa pesquisa sobre os Jogos de Los Angeles/1984 ou sobre quem são e o que fazem as empresas patrocinadoras que estão na camisa, como a CPFL”, contou Aline. O show de talentos onde cada um canta, dança, toca um instrumento é também parte das atividades. “Agora, pedimos os boletins e estamos conversando sobre as notas”, comenta. “Eles podem não ser atletas, mas podem descobrir potenciais e estímulos que os levem a ser melhores pessoas e a ter alternativas!”

Escadinha rumo a elite do atletismo

Ricardo D’Angelo é o gestor e o IVCL Orcampi reúne 170 atletas atualmente, número que varia mensalmente, mas deve aumentar em 2020 por causa da ampliação da faixa etária. A Escola de Formação atende crianças, a partir dos 7 anos, e trabalha com provas múltiplas. Saídos da Escola de Formação, os atletas vão para os Grupos de Treinamentos, de desenvolvimento específico nas provas do atletismo. Atende atletas a partir dos 15 anos, na categoria Sub-18, e adultos, dentre eles os de alto rendimento olímpico.

Os Grupos de Treinamentos atuais são: Arremesso e Lançamentos, com o professor Sinval de Oliveira; Meio fundo e Fundo, com Alex Sandro Lopes e Celso Ficagna; Velocidade, com Evandro Lazari e Tiago Bueno, o Feijão; e de Provas Combinas e Saltos, com José Vicente Santos Filho, o Capiá.

O IVCL Orcampi conta com o patrocínio da CPFL Energia e o apoio do Instituto CPFL.