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é preciso desenvolver o olhar das empresas para a arte

Cláudio Lins de Vasconcelos, advogado com experiência em propriedade intelectual, é um fã do programa Café Filosófico CPFL, produzido pelo Instituto CPFL e exibido aos domingos na TV Cultura.

No estúdio onde acontecem as gravações do programa, no qual participou do Workshop “O investimento das empresas na comunidade”, organizado pelo Instituto CPFL, em Campinas, ele disse que esse “tipo de conhecimento de alto nível faz muita diferença para o desenvolvimento de um país”.

Em sua apresentação, Lins de Vasconcelos falou sobre o tema da indústria criativa e alertou: a cultura tem uma dimensão simbólica e cidadã importante, mas não só. Tem também uma dimensão econômica que não pode ser ignorada.


O advogado Cláudio Lins de Vasconcelos (Foto: Instituto CPFL)

“Cultura não é apenas indústria, o que não significa que cultura não é indústria também. A economia da cultura pode ser um eixo de desenvolvimento estratégico de um país”, disse.

Com dados sobre o impacto da produção cultural, sobretudo audiovisual, na economia brasileira, ele afirmou que hoje em dia “cada celular é uma oportunidade de escoamento da produção cultural”.

“Somos um país grande, diverso, com influências culturais muito distintas. Um país que gosta de viver cultura, que vive muito na rua. Isso contribui para a o desenvolvimento da indústria cultural.”

Lins de Vasconcelos afirmou que investir na indústria cultural é investir em um setor que não sofrerá com o desemprego estrutural causado pelas tecnologias.

Para ele, enquanto não inventarem um robô que tem saudade do cheiro da casa da avó e não sofra de dor de amor, o robô não terá a capacidade de produzir arte. “Arte é expressão de transcendência humana em relação as próprias limitações. Sempre precisaremos da arte.” Segundo o especialista, “as empresas precisam entender que desenvolver o olhar para a arte de seu público interno é fundamental para gerar um ambiente de criatividade e preparado para os desafios de um mundo mutante no qual ninguém sabe como será o dia de amanhã”.