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Desafio da sustentabilidade

Economia Ecológica é uma ciência que ainda não encontrou uma aplicação prática representativa na nossa sociedade, embora tenha vários formuladores e uma crítica contundente contra a visão econômica tradicional. A discussão desse módulo é tentar entender o porquê da falta de aplicabilidade da visão da economia ecológica, peça necessária para se atingir a sustentabilidade.

A inclusão dos aspectos sociais e ambientais nos modelos, nas métricas e na reformulação das políticas econômicas que ainda ignoram as externalidades ambientais é um passo ainda a ser conquistado. Os serviços da natureza ainda são considerados gratuitos e inesgotáveis, provocando a sua dilapidação contínua a custo zero.

Os impactos sociais da destruição tecnológica do emprego, da concentração de riqueza e da opressão nas relações do trabalho continuam esquecidos. A perda de liberdade individual e o mau funcionamento das democracias onde os governos tomam decisões a favor de determinados grupos de interesse em detrimento da maioria da população tornou-se uma restrição para se optar por atividades mais voltadas para a sustentabilidade.

Grande parte dos desastres ambientais globais e locais que estamos observando, como a poluição, o esgotamento do solo e da água, a extinção da vida e o aquecimento global são resultados diretos dessa visão da economia tradicional que ainda é considerada a única prática econômica viável.

Essa ausência de debate na visão prática no mundo, que colocou a humanidade no maior risco da sua história é singular. Segundo os cientistas, a probabilidade da humanidade não sobreviver até o final do século atual é de 50%.

Não é a natureza que está ameaçada, mas sim nós que estamos ameaçados por essa falta de mudança de prática e de visão e ainda da inexistente ascensão da economia ecológica como o principal corpo teórico das vidas das pessoas, das empresas e dos governos.

Como mudar isso a tempo e quais são as chances de caminharmos na direção da sustentabilidade, discutindo controle populacional, desenvolvimento econômico sem concentração de riqueza, criação de empregos mais sólidos e não dependentes do ciclo econômico, biocombustíveis, etc. Essa é a proposta do presente módulo.