De Lispector a Maquiavel: conheça 7 grandes escritores clássicos
No Dia Nacional do Escritor, Instituto CPFL destaca série “Clássicos da Literatura”, que reúne 7 microepisódios, de três minutos cada, sobre livros marcantes do pensamento ocidental
O Dia Nacional do Escritor, comemorado neste 25 de julho, ressalta a importância da literatura e da escrita para a cultura e a sociedade. A história da literatura brasileira é marcada pela diversidade de estilos, gêneros e movimentos literários que contribuíram para a formação da identidade cultural do país.
A série de animações “Clássicos da Literatura” é uma excelente opção para conhecer grandes referências mundiais, inclusive dois grandes autores brasileiros. A seleção conta com 7 microepisódios, de três minutos cada, produzidos pelo Instituto CPFL, reunindo livros marcantes do pensamento ocidental.
São obras que convidam à reflexão sobre aspectos como a imagem de um país e suas crises éticas (Mário de Andrade), o ato da leitura e o quanto sua narrativa desestabiliza ou não o leitor (Lispector), a aversão ao mundo da política (Maquiavel), a questão do tédio e a ruptura feminina a modelos prévios (Flaubert), a crise dos sonhos e das expectativas heroificadas (Cervantes), a atração pela força e pela lógica da punição (Hobbes), e o exercício de pensar que o mundo é um grande palco (Shakespeare).
Os vídeos estão disponíveis no canal do Instituto CPFL no Youtube, com acesso gratuito, conheça:
Macunaíma, de Mário de Andrade, por José Miguel Wisnik
O herói sem nenhum caráter está ligado às agruras de um país que, caso se modernize, deixa de ser Brasil; e que, se continua a ser Brasil, não se moderniza. Para além disso, o dilema se coloca no quadro mais geral de uma reflexão fabulosa sobre o mal estar na civilização.
A Legião Estrangeira, de Clarice Lispector, por Noemi Jaffe
Ler Clarice vai além do ato da leitura. A proposta é tentar compreender a desestabilização narrativa, simbólica e psíquica que provocam no leitor seu livro “A legião estrangeira”.
Madame Bovary, de Gustave Flaubert, por Margareth Rago:
O polêmico romance de Gustave Flaubert, publicado em 1857, problematiza o incômodo da mulher burguesa em relação ao confinamento na esfera da vida privada e ao ideal de abnegação e total dedicação à vida familiar.
O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, por José Alves
O episódio transposta, para o campo da vida privada, as discussões sobre o cumprimento das normas, a capacidade de burlar regras, a perseguição de objetivos que produzem glória e, ao mesmo tempo, as dificuldades morais que são postas a cada escolha concreta.
Leviatã, de Thomas Hobbes, por Yara Frateschi
A descrição da guerra total, do enfrentamento entre sujeitos e a adesão a um modelo de governo que tem, em suas mãos, a espada e o báculo, o poder militar e o religioso, para assegurar o direito à vida, é um aspecto que nutre soluções imediatas e de apelo ao rigor da punição nos tempos atuais.
Hamlet, de Shakespeare, por Leandro Karnal
Hamlet é aquele personagem capaz de refletir sobre si próprio, na interação com os outros e, a partir daí, modifica sua maneira de pensar e de agir. Hamlet expõe um conjunto de valores marcado pela ironia e pela inteligência apaixonada e nos lança num simulacro de dilemas sobre o que somos.
Dom Quixote, de Cervantes, por Janice Theodoro
O traço heróico e idealista é um espaço para humanizar-se e para descobrir outros aspectos da vida cotidiana e as crises que enfrentamos na capacidade de ousar diante da realidade que se impõe.