Café Filosófico

Confira as programações de novembro do Café Filosófico CPFL e também do Café Expresso na TV Cultura

Na foto: o meteorologista José Marengo.

> Programação Café Filosófico CPFL na Tv
O Café Filosófico CPFL é exibido todos os domingos, às 19h, na TV Cultura:

Série: Nossa cidadania terrena
Curadoria do jornalista especialista em sustentabilidade Ricardo Voltolini

Em 1999 a UNESCO solicitou ao sociólogo e filósofo, Edgar Morin, que sistematizasse um conjunto de suas reflexões que servissem como ponto de partida para se repensar a educação deste nosso milênio – o que gerou o livro “Os sete saberes necessários para a educação do futuro”. A partir desta obra de Morin, o curador Ricardo Voltolini nos convida a pensar a “Nossa cidadania terrena”, refletindo sobre o modo como vivemos no nosso planeta, como interagimos com ele e com o outro. Somos todos uma mesma comunidade na Terra e a forma como lidamos com a natureza, a economia e a sociedade reflete o modo como a nossa existência se completa; as crises pelas quais vivemos são derivadas do nosso modo de viver, pensar e tratar o mundo. O que é preciso para que tenhamos não apenas um futuro melhor, mas um presente possível?

06/11 | dom | 19h – inédito
Somos nossa identidade terrena
, com Ricardo Voltolini, jornalista especialista em sustentabilidade
Ricardo Voltolini nos conduz em uma reflexão sobre a nossa existência humana na Terra e de que forma o modo como vivemos e nos relacionamos afeta a vida no nosso planeta. Tendo como base o pensamento do filósofo Edgar Morin sobre como a esperança deve ser a base para qualquer mudança, ele nos chama a atenção de que a mudança efetiva só acontece quando decidimos mudar e nos educamos para nos transformar. Em um mundo de crise climática, econômica, social e ética, a compreensão da condição humana da cidadania planetária pode ser o primeiro passo para uma transformação rumo a um futuro de fato sustentável. É preciso desenvolvermos consciência sobre nossos atos e de que forma o modo como nos relacionamos com a natureza e o mundo é capaz de alterar um futuro que se mostra nada promissor. “Não existem problemas ambientais, existem problemas humano-ambientais”; e seguindo as ideias de Jung, surge a questão: de que forma a psicologia é capaz de nos ajudar a entender os tempos de crise?

13/11 | dom | 19h – inédito
Somos nosso clima, a nossa natureza, com José Marengo, meteorologista
Vivemos uma emergência climática. O estilo de vida, a estrutura social e econômica em que vivemos está prejudicando não apenas a ideia de um futuro melhor, mas já afeta o presente. Secas, calor excessivo, tempestades devastadoras, inundações, derretimento de geleiras… o planeta está sinalizando que é preciso mudar. É preciso rever ações cotidianas, repensar o consumo, exigir novas atitudes das grandes empresas, decretar medidas sustentáveis, criar e cumprir tratados internacionais. Em uma situação de crise global é inevitável perguntar quais medidas estão sendo tomadas por aqueles que se encontram no poder; O que estão fazendo os governos e gestores? O que é preciso ser feito para que todos se conscientizem da urgência climática e que também somos responsáveis? Responsáveis pela crise, mas também pelas possíveis mudanças. Afinal, somos capazes de desacelerar a emergência climática?

20/11 | dom | 19h – inédito
Somos a nossa comunidade, com Nilton Bonder, rabino
A partir do que Edgar Morin nos chama a atenção – o fato de vivermos numa única casa, a Terra como pátria e que precisamos desenvolver a noção de uma identidade e cidadania terrenas – NIlton Bonder revela que há milênios já existia no pensamento abraâmico este desejo de se construir uma perspectiva de consciência coletiva, humana, e que isso hoje nos desafia também pela sua urgência. Ele nos leva a refletir sobre muitos dos valores que grande parte da nossa cultura ocidental contemporânea vêm alimentando e priorizando em seu modo de vida; valores estes que estão na contramão daqueles capazes desta construção de um vínculo comunitário, capazes de criar união na diversidade, desenvolver empatia,”um senso de bondade” para de fato considerar a interdependência coletiva, que vai além do humano, integrando todo o planeta. São reflexões que ajudam a produzir uma sociedade autocrítica e sustentável.

27/11 | dom | 19h – inédito
Reflexões para produzir uma sociedade autocrítica e sustentável, com Nilton Bonder, rabino
A noção de que somos uma comunidade terrena, nos desafia cotidianamente, em vários sentidos; é algo que exige muito de nós e talvez tenhamos que desconstruir jeitos de viver e valores que nos trouxeram até aqui. Implica em primeiro lugar, em compreender a importância de se construir um vínculo comunitário. Neste sentido o rabino Nilton Bonder nos chama a atenção para o quanto viemos alimentamos o que ele nomeia como energias sujas: controle e prazer, ao invés de “energias limpas” como graça e servir. A ideia de que evoluímos ao longo da história, não significa necessariamente que houve um progresso, um desenvolvimento, está mais ligado a um processo de mudanças ao longo do tempo. E é a educação que vai nos ajudar a ir fazendo um novo percurso no sentido de produzir uma sociedade mais autocrítica e sustentável.

___ ___ ___

> Programação Café Expresso
O Café Expresso é exibido todas as terças, às 23, na TV Cultura:

Série: Reflexões Contemporâneas
O mundo contemporâneo é um lugar confuso, onde é preciso, a todo tempo, repensar e ressignificar as certezas de outrora. diversas vezes, em nossas vidas cotidianas, entramos em contato direto e prático com temas como identidade, fronteiras, cultura, corpo, cidadania, responsabilidade, consumo e transformação social. Refletir sobre estes assuntos nos faz aprofundar o conhecimento sobre nós mesmos e nossa sociedade. Nesta série do Café Expresso, questionamentos e reflexões sobre o mundo contemporâneo se conectam diretamente com as diversas possibilidades de expressão do corpo humano: pés mãos, rostos, silhuetas, pensamentos, dúvidas, intenções.

15/11| ter | 23h
De qual lugar você fala, com Taísa Helena Pascale Palhares
A construção identitária e suas fronteiras sempre acompanharam a trajetória humana. Hoje, essa discussão passa pela autoafirmação de grupos que historicamente tiveram suas identidades relegadas. Sem a pretensão de esgotar o tema, o episódio questiona o ponto de intersecção entre o lugar de fala e a apropriação cultural.

15/11| ter | 23h
Qual seu impacto no mundo?
, com Rene de Paula Junior
“Precisamos nos perguntar não mais o que os computadores PODEM fazer mas o que eles DEVEM fazer” (Satya Nadella, CEO da Microsoft). Com base nessa premissa, o episódio trata dos impactos socioambientais que a inovação tecnológica traz à sociedade contemporânea.

22/11| ter | 23h
Quando culturas se encontram?, com Bruno de Conti
No tabuleiro das relações internacionais, poderosas estratégias geopolíticas vêm reorganizando suas peças. Desses movimentos, emerge uma protagonista: a República Popular da China. Com a já reconhecida capacidade de criação, produção e comercialização, o país quer ir além. Esse episódio aborda a relevância do softpower dessa cultura tão rica quanto pouco conhecida no ocidente.

22/11| ter | 23h
Já ouviu falar de capacitismo?, com Marina Batista Francisco
A exclusão e o silenciamento sempre acompanharam os grupos socialmente fragilizados. Mas hoje, uma força vem por em xeque essas estruturas: a conectividade digital. Com ela, a possibilidade de se reconhecer nos seus pares e gerar engajamento. O episódio traz a história da Marina Batista e seu olhar sobre essas transformações.

29/11| ter | 23h
Como ser o que se é, com Márcio Ballas
Quando as máscaras caem, o que resta? Liberdade e consequente felicidade. Com essa e outras provocações, o episódio traz o palhaço Márcio Ballas, que ajuda a pensar o papel da relação com o “outro”, na construção da nossa potência e bem estar.

29/11| ter | 23h
O que nos move?,
com Angel Vianna
“Desde os primórdios o homem dança sua existência. Cada um dança como pode, fazendo a sua dança. Move, procura mover” (Angel Vianna, bailarina, coreógrafa e uma das precursoras da pesquisa sobre consciência corporal no Brasil). Com autoridade e sutileza, o episódio caminha pelos lugares que o corpo e o movimento ocupam, do nascimento à sua plenitude.