Café Filosófico

clóvis de barros e pondé lançam “o que move as paixões” em café especial

O Instituto CPFL, em parceria com a Papirus Editora e o Shopping Iguatemi Campinas, realiza no próximo dia 25 de outubro, uma quarta-feira, às 19h, um Café Filosófico CPFL Especial de lançamento do livro “O que move as paixões”, com os autores Clóvis de Barros Filho e Luiz Felipe Pondé.

O debate acontece no Teatro Iguatemi Campinas, com distribuição gratuita de ingressos a partir das 12h do dia 24/10 (dois ingressos por pessoa) e transmissão ao vivo no site www.institutocpfl.org.br/aovivo/

A obra retrata como, desde a Antiguidade, os afetos trazem inquietação aos filósofos – e o amor talvez seja a maior delas. Os autores mostram como Platão, Aristóteles, Espinosa, entre outros pensadores, tentaram explicar as paixões e como lidar com elas. Segundo Pondé, “para que possamos pensar em afetos, amor, paixões etc., precisamos ter certa reverência por eles. Porque eles são perigosos”. Para Clóvis, “cada vez menos nos autorizamos a expor os nossos afetos, pois isso significaria expor, também, as nossas fragilidades”. E “revelar a própria fragilidade, só no último momento, em desespero de causa!”, brinca.

Pondé. Crédito: Rodrigo Cancela.

Isso porque as pessoas estão muito dispostas a julgar e a condenar o comportamento do outro, fazendo com que os afetos sejam escondidos. A internet facilita esses julgamentos, principalmente nas redes sociais, nas quais todo mundo é mídia, mas também é possível haver experiências de amor.

“As redes sociais são formas de manifestação, de relacionamento e de produção de afeto que inexistiriam se elas não estivessem ali. Isso para o bem, quando a manifestação produz em nós algo positivo, como um aplauso, um reconhecimento, ou uma crítica para que melhoremos, nos aperfeiçoemos; isso para o mal, quando ela é destrutiva, lesiva, corrosiva etc.”, pontua Clóvis.

Clóvis de Barros Filho

O conceito de amor prático, a idealização do amor, a filosofia e o medo das paixões são algumas das provocações que o leitor encontrará no livro e também no debate.

Confira trechos da obra:

“Minha impressão é que o mundo contemporâneo tem como projeto, entre outros, um lugar onde não exista amor nenhum.” (Pondé)

“Acho estranha essa felicidade amorosa em que temos que negar o tempo inteiro o que sentimos em nome de não ser agredidos afetivamente por quem se aproveitaria disso que é uma fragilidade.” (Clóvis)

“As pessoas acham que têm direito a tudo, inclusive a ser amadas. Mas ninguém tem direito a absolutamente nada.” (Pondé)

“Sinceramente, a ideia de que exista um único amor na vida e o restante seja uma espécie de erro afetivo não parece coincidir com nada do que eu tenha vivido.” (Clóvis)