Autenticidade em tempos de regressão: Adorno e os compromissos entre a racionalidade e o mito
Gravado no dia 14/11/2006
A noção de autenticidade num sentido enfático, não provém de Adorno e sim de seu antípoda na filosofia contemporânea, Martin Heidegger. Entretanto, não é errado dizer que, na busca de uma vida correta – mesmo não havendo correção no inapelavelmente falso – o que está em questão, no fundo, é um tipo de autenticidade, que deveria se encontrar no estabelecimento de uma razão voltada para fins (e não apenas para meios), para a qual o mito não seria um inimigo, mas uma instância dotada de racionalidade própria, a ser melhor compreendida e incorporada.
Rodrigo Antonio de Paiva Duarte possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985) e doutorado em Filosofia – Universität Gesamthochschule Kassel (1990). Realizou estágios de pós-douoramento na University of California at Berkeley (1997) e na Universität Bauhaus de Weimar (2000). Dentre inúmeras publicações no Brasil e no exterior, destacam-se os seus livros: “Marx e o Conceito de Natureza em ‘O Capital'” (1986), “Mímesis e Racionalidade. A concepção de domínio da Natureza em Theodor W. Adorno” (1993), “Adornos. Nove ensaios sobre o filósofo frankfurtiano” (1997), “Adorno/Horkheimer e a Dialética do Esclarecimento” (2002) e “Teoria Crítica da Indústria Cultural” (2003).