A bicicleta como alternativa de transporte
Antes de começar sua apresentação, o Professor de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ Ronaldo Balassiano perguntou quantos na plateia usaram a bicicleta para chegarem até ali. Alguns braços levantados e muitos capacetes na FAAP para ouvir o tema As bicicletas podem ajudar? Há espaço (seguro) para a bicicleta, mesmo nas grandes cidades?, palestra da série Trânsito e mobilidade nas metrópoles, de Wagner Colombini. Houve até quem levou sua bicicleta dobrável para o auditório, provando a praticidade abordada pelo palestrante durante o evento.
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Balassiano enumerou as vantagens deste tipo de locomoção pela cidade. “Bicicleta lembra competição, liberdade, facilidade de deslocamento, família, trabalho, escola”, lembrando que muitos já utilizam este veículo como meio de locomoção, mesmo estando ainda muito ligado à imagem do lazer.
Os benefícios ecológicos e econômicos também foram abordados. “É um veículo que não emite nada. Só gera muito pouco de desgaste do pneu no solo, mas comparado com carro é nada. E sua manutenção é barata, o que traz economia”, concluiu Balassiano.
Segundo o palestrante, o brasileiro ainda não tem o costume de usar bicicleta, mas isso deve mudar, utilizando inclusive como meio de integração entre os sistemas de tranporte. Para que isso aconteça, é necessário uma ideia de rede de ciclovias, o que não ocorre hoje no Brasil. “Ainda não temos a cultura da bicicleta. O brasileiro acho que é veículo de segunda categoria, o que não é verdade. Precisamos de ciclovias, bicicletários. uma noção de rede. Identificar as áreas prioritárias pra implementar essas ciclovias”.