gravação: o tai chi chuan como porta para a cultura chinesa, com gabriel guarino de almeida
- instituto cpfl e youtube do café
- 19:00
05/09 | qui | 19h
O Tai Chi Chuan como porta para a cultura chinesa
Com Gabriel Guarino de Almeida, atropólogo
O Tai Chi Chuan é uma arte marcial chinesa que conecta a filosofia chinesa, a medicina histórica da China, e as técnicas e artes da estratégia desenvolvidas ao longo da civilização chinesa. Para esta fala, exploramos o Tai Chi em sua conexão com uma elaboração valiosa da China antiga: de que o pensamento, a ação e a ética podem caminhar juntas a partir de um caminho integral de harmonia com o mundo.
Aproximando Antropologia e Sinologia, nosso objetivo é compreendermos como mestres e mestras do passado elaboraram a filosofia do yinyang como uma racionalidade imanente ao mundo em que vivemos e experimentado na arte marcial reciprocamente como conhecimento correto das coisas e como nutrição de uma boa vida.
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Sobre a série: TAI CHI CHUAN – arte corporal chinesa e o cultivo da vida
Curadoria: Gabriel Guarino de Almeida
Este módulo, intitulado “TAI CHI CHUAN – arte corporal chinesa e o cultivo da vida”, apresenta o Tai Chi Chuan em seu rico contexto cultural de criação e circulação; com foco na filosofia chinesa que alicerça sua compreensão como arte marcial, e nos princípios ensinados ao longo de sua transmissão entre mestres e discípulos, da China ao Brasil e do Brasil à China.
Conectando aspectos históricos da civilização chinesa e conceitos filosóficos que os praticantes de Tai Chi Chuan vivenciam, o módulo se divide em dois encontros.
No primeiro, exploramos a conexão do Tai Chi Chuan com a filosofia chinesa, especificamente aquela conhecida na China por daoxue, os Estudos do Caminho. Antropologia e Sinologia, nosso objetivo é compreendermos como a arte do corpo elabora a filosofia em seus movimentos, apontando para modo de conhecimento e cuidado com a vida.
No segundo encontro, partimos da definição do Tai Chi Chuan como o patrimônio cultural e imaterial da humanidade (incluído na lista da UNESCO em 2020), indagando como a tradição chinesa de transmissão em família ganha dimensão global, à medida que praticantes de todo o mundo constroem seus próprios caminhos de aprendizado dessa arte. Nosso fio condutor é o percurso de maestria de um brasileiro que se tornou discípulo de um mestre chinês, na vivência dos princípios e virtudes que estruturam tal tradição chinesa.
Provocamos o público com as seguintes perguntas: pode uma arte tão profunda e aparentemente distante de nós, se tornar uma prática familiar e próxima de nossas vidas, no Brasil? Quais sentidos de ancestralidade se desdobram nesses caminhos? Qual sentido a noção de virtude marcial ganha nessas experiências? É comum ouvir que a arte marcial chinesa possui “uma filosofia por trás dos ensinamentos técnicos”; neste módulo, gostaríamos de mostrar como a filosofia, longe de ser um segredo oculto, é na verdade integrada à vivência do corpo em movimento e ao vínculo comunitário implicado na prática e aprendizagem do Tai Chi Chuan.