Café Filosófico
16
set

na tv: a filosofia de confúcio – um debate no ocidente, com calebe guerra (especial 7° intercâmbio 2023)

  • na tv cultura e no youtube do café
  • 22:00

16/09 | sábado | 22h – inédito
A Filosofia De Confúcio – Um Debate No Ocidente
Com Calebe Guerra

A filosofia de Confúcio, fundamental na vida pública da China antiga, continua presente em vários aspectos da sociedade chinesa atual.  

O livro que reúne suas ideias é  conhecido como os Analectos e traz uma visão de mundo, um código ético de conduta, que aponta para o caminho da humanidade compartilhada e da benevolência. 

Conhecer essa escola de pensamento e procurar aplicar seus ensinamentos na nossa vida cotidiana pode nos enriquecer como  coletividade e promover muitas transformações, ainda mais para uma sociedade cada vez mais individualizada, distanciada de uma vivência comunitária, onde parece prevalecer o espírito de competição e oposição entre os diferentes. 

22 de setembro de 22
Cafe Filosofico com Calebe Guerra
Tatiana Ferro Fotografia

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módulo: confúcio e a nossa vida

O espírito do confucionismo tem como valor central a prática da humanidade compartilhada . Tal tema é, em si, positivamente fundamental para o diálogo entre civilizações e para a construção de um modelo de ética global. Humanidade, para Confúcio, é o princípio supremo que governa a subjetividade, a auto-consciência e a auto-disciplina da moralidade.  

Praticar a humanidade é ser capaz de desenhar o paralelo de como tratar os outros a partir de si mesmo, buscando, assim, o aperfeiçoamento do eu através da ajuda na cultivação de outras pessoas 成己成人. Sendo assim, a ideia do “eu” é o centro, observada somente em sua constante extensão e transformação em uma rede múltipla de relacionamentos. 

A possível transformação social inflamada por atitudes individuais que cultivam a humanidade é fundamentada na crença do céu e no respeito pelo mandato divino 天命, que pode ser interpretado como transcedente, definitivo e religiosamente orientado. Mas, longe de definir a vida tendo como base uma forma inflexível de determinismo estipulado pelo mandato divino, os esforços de Confúcio na auto-cultivação do “eu” advocam pela concepção da liberdade humana de escolha  

Confúcio, contudo, traz em sua própria pessoa frustrações comuns derivadas do dilema que o “eu” ideal em relação com o “eu” possível traz. Então, a cultivação do “eu” possível, através do aperfeiçoamento do “outro” e visando a construção do mundo regido pela humanidade , evoca  a necessidade da prática de uma das coisas mais elementares das relações: a sinceridade 诚信. A sinceridade sobre quem somos e onde queremos chegar levando em consideração que a impossibilidade da perfeição é o que nos sustenta no caminho da prática da humanidade.