mistura de sangues e territórios, com kabengele munanga
- instituto cpfl e youtube do café
- 19:00
Foto: Kabengele Munanga por Marcos Santos / USP Imagens
01/09 | qui | 19h | inédito
mistura de sangues e territórios
com kabengele munanga, antropólogo e professor
as ondas migratórias que partiram do próprio berço da humanidade cientificamente situado no continente africano e que se prolongam até hoje por motivos históricos diversos, o tráfico humano dos africanos e as invasões coloniais dos territórios da américa, da áfrica e da ásia somando juntaram no mesmo território geográfico descendentes de povos e culturas diferentes. nesses encontros houve enriquecimentos transculturais incontestáveis; os sangues se misturaram; os deuses se tocaram e as cercas das identidades vacilaram, por um lado. mas, por outro lado, as diferenças continuam a ser motivos de conflitos, pois manipuladas ideologicamente pelas classes dominantes na política de dividir para dominar. esses conflitos se traduzem notadamente pelas práticas racistas e xenofóbicas que engendram a violação dos direitos humanos dos diferentes e consequentes as desigualdades sociais decorrentes. a questão que se coloca é como estabelecer a equidade e a igualdade de tratamento, sem antes reconhecer a existência coletiva dos portadores das diferenças e suas identidades. apesar dos progressos da ciência e tecnologia, da globalização da economia do mercado na óptica capitalista neoliberal e dos meios de comunicação, os debates sobre a diversidade e suas diferenças colocam todos os países no mesmo barco. esta apresentação tem como proposta discutir algumas questões em debate sobre diversidade, partindo das realidades brasileiras dos últimos vinte anos depois da conferência de durban.
série 3×22: balanços e perspectivas
curadoria de alexandre macchione saes
a sociedade brasileira se encontra com seu bicentenário da independência num contexto de crise. a crise sanitária acentuou as fissuras sociais, econômica e políticas do passado, recolocando com tons ainda mais intensos temas como a desigualdade regional e social, o racismo e as polarizações políticas. assim, de um presente fraturado, observamos o futuro por janelas cada dia mais estreitas, com projetos em disputa que se evaporam no imediatismo. 3 vezes 22 pretende, portanto, propor o confronto de temporalidades – 1822-1922-2022 – para indicar como a construção de um novo horizonte de expectativa deve necessariamente enfrentar as incompletudes de nossa formação social. este último módulo, depois de oferecer a reflexão sobre os legados da independência do brasil e da semana de arte moderna, debate duas temáticas centrais para a construção dos projetos de futuro do brasil: a defesa da diversidade racial e o combate à desigualdade econômica e social.
onde: no estúdio de gravação do Café Filosófico CPFL no Instituto CPFL
endereço: Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera, Campinas/SP
transmissão ao vivo: às 19 horas
classificação: 14 anos
ingressos: entrada gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h