Live do Café com Isabelle Anchieta
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Em busca de um lugar comum, com Isabelle Anchieta, doutora em Sociologia pela USP, mestre em Comunicação Social pela UFMG
Por que o olhar alheio é tão importante na formação da nossa imagem? Para dar a medida da nossa existência? Por que disputamos, a todo momento, atenção, reconhecimento? Teria razão Rousseau ao afirmar que “não há felicidade sem os outros”? Esse é também o tema central da sociologia: elucidar as inevitáveis teias de interdependências que ligam o eu e o outro. Eis a hipótese aqui adotada. As lutas por reconhecimento nos conduziram a uma crescente humanização e individualização no Ocidente Moderno. Esse processo, ainda em curso, depara-se atualmente com o que podemos chamar de hiperindividualismo, acirrando ainda mais as disputas dos grupos e dos indivíduos por autoconfiança e autoestima. Eis o impasse que se apresenta. Pois se o que buscamos desde sempre, é o reconhecimento ampliado, seria uma boa estratégia apostar apenas em nossas diferenças? Ou melhor, como preservá-las, sem deixar de buscar a empatia, a identificação ampliada e o diálogo? O antídoto para o hiperindividualismo identitário seria a busca de um novo humanismo? Proponho aqui uma síntese, o que denominei de individumanismo, desvelando o papel sócio-histórico da mulher para o seu surgimento.