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ivcl orcampi e comunidade atlética já miram olimpíada em 2021

Jogos Olímpicos, Troféu Brasil e aulas para crianças e jovens atletas suspensas por causa da COVID-19, mas o parceiro do Instituto CPFL trabalha com esperança no futuro: “Sairemos vencedores e mais fortes para novos desafios”, diz Ricardo D’Angelo

O surgimento da COVID-19 e a declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou o esporte em um dos momentos de maior tensão de toda a história. A população aderiu às medidas de prevenção, controle e enfrentamento da doença. A comunidade atlética também. E justamente em 2020, ano mais importante do calendário de um ciclo de quatro anos.

A pandemia da COVID-19 causou o adiamento dos Jogos Olímpicos pela primeira vez na Era Moderna desde 1896 – cancelamentos ocorreram em 1916, 1940 e 1944, por causa de guerras mundiais. Nesta semana, no dia 30 de março de 2020, as autoridades anunciaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.

O Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima (IVCL) Orcampi, parceiro do Instituo CPFL e que conta com o patrocínio da CPFL Energia, já tem atletas qualificados para os Jogos Olímpicos de Tóquio e outros em condições reais de obter os índices exigidos para a competição.

O adiamento da Olimpíada para 2021 trouxe alívio e certa tranquilidade para os atletas do IVCL Orcampi. “Para aqueles já qualificados – pelo que sinalizou a World Athletics os direitos serão mantidos – será possível uma reprogramação para a temporada de 2020 e de 2021. Os novos objetivos de preparação serão determinados”, afirma o coordenador-técnico Ricardo D’Angelo. “Para aqueles que estão bem perto dos índices e com condições concretas de obtê-los, ganha-se tempo, novas etapas preparatórias e oportunidades de competição”, acrescenta.

Ricardo D’Angelo observou ainda que embora todo esse desajuste no calendário possa sugerir prejuízos no desenvolvimento dos jovens atletas, “temos a certeza de que enfrentando esse problema juntos, unidos a favor da saúde de todos, sairemos vencedores e mais fortes para novos desafios”.

Márcio Teles segue planilha de treinos físicos em casa. Foto: Wagner Carmo/CBAt

“Agora com as novas datas fica bem mais fácil de nós treinadores trabalharmos”, acrescenta Evandro Lazari, treinador do IVCL Orcampi que atua com Márcio Teles, dos 400 m com barreiras, qualificado para os Jogos Olímpicos. Evandro também comandou o revezamento 4×400 m misto no Mundial de Revezamentos de Yokohama, Japão, e no Mundial de Atletismo de Doha, Catar, em 2019, equipes que tiveram Tifani Marinho e Alexander Russo, atletas do IVCL Orcampi.

“Vai atrasar um ano e o mesmo planejamento que seria feito para esse ano será para o próximo. Ainda vamos esperar o calendário todo, ver quando será o Troféu Brasil de 2020, para traçar os objetivos dessa temporada e planejar a chegada para os Jogos Olímpicos.”

Márcio Teles se mantém ativo, com atividades orientadas em casa. “Assim que tiver competição nós vamos entrar. E para 2021 os objetivos passam a ser ir bem nos Jogos Olímpicos. Estamos progredindo nas marcas já há quatro anos. A ideia é que no ano que vem a gente consiga replicar isso”, completa Evandro. Quanto ao revezamento diz que a seleção brasileira ainda será convocada.

Eduardo de Deus, nos 110 m com barreiras, treinado por Katsuhico Nakaya, e Alexsandro do Nascimento de Melo, o Bolt, no salto triplo, orientado por Neilton Moura, são atletas do IVCL Orcampi que também têm índices para os Jogos Olímpicos.

 

Entenda o adiamento da Olimpíada

A temporada ao ar livre do atletismo começa em março e abril. Mas este ano, os atletas viram suas competições serem adiadas, uma a uma, ainda na época das disputas em pista coberta. A temporada indoor é curta, normalmente disputada de janeiro a março, no inverno do Hemisfério Norte.

Mas o calendário começou a ser desmontado por causa da COVID-19 com o adiamento do Mundial Indoor de Nanjing, na China, ainda em fevereiro.

Depois veio março com o adiamento de competições internacionais – Mundial de Meia-Maratona de Gdnya, Polônia, etapas da Diamond League em vários países, Mundial Sub-20 de Nairóbi, no Quênia, Mundial de Marcha Atlética de Minsk, na Bielorússia, adiamento de maratonas ao redor do mundo (Tóquio, Barcelona etc) e o cancelamento do Ibero-Americano de Tenerife, Espanha.

Também foram adiadas as competições nacionais – Maratona de São Paulo, Copa Brasil de Provas Combinadas, Copa Brasil de Fundo e Meio-Fundo, Grande Prêmio Brasil e Troféu Brasil, a mais importante competição de clubes da América do Sul.

Orcampi no pódio do Troféu Brasil em 2019. Foto: Wagner Carmo/CBAt

Como proteção aos atletas, técnicos, dirigentes e fãs do esporte o mundo viu com alivio quando, no dia 23 de março, o primeiro-ministro do Japão Abe Shinzo e o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach anunciaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio seriam adiados para 2021 e não mais aconteceriam entre 24 de julho e 9 de agosto de 2020 como agendados. A decisão também teve a participação da governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e do líder da organização dos Jogos, Yoshiro Mori.

No dia 30 de março, as autoridades anunciaram que os Jogos Olímpicos serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto de 2021, exatamente no mesmo período em que estava prevista para 2020.

A World Athletics também anunciou que o Campeonato Mundial de Atletismo de Oregon, nos Estados Unidos, será em 2022 – a competição estava inicialmente marcada para 2021.

“O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio era necessário e o COI, junto ao governo japonês, agiu corretamente. A maioria dos atletas de todas as nações do mundo não estava conseguindo manter suas rotinas de treinamento reclusos em suas casas. De um lado, o sentimento e a preocupação com a própria saúde e de seus familiares e, de outro, a falta de condições adequadas para o desenvolvimento de suas rotinas de atividades”, completa Ricardo D’Angelo.

“Esse adiamento tinha que acontecer. Não teríamos mesmo condições de ter os Jogos Olímpicos em três meses com o mundo passando o que está passando, com os atletas sem condições de treinamento. Tinha que ser feito”, ressalta Evandro.

O IVCL Orcampi já vinha adotando medidas de prevenção, controle e enfrentamento da COVID-19, para os atletas e profissionais que participam da rotina de trabalho no Centro Esportivo de Alto Rendimento (CEAR) de Campinas, antes de existirem casos no Brasil e da declaração de pandemia. Forneceu lavatórios com água e sabão, álcool a 70%, estabeleceu política de flexibilização da jornada para os trabalhadores com mais de 60 anos e pertencentes a grupos de risco.

Depois, a partir das determinações do Decreto 20.782, de 21 de março de 2020, da Prefeitura Municipal de Campinas, e do agravamento da pandemia suspendeu as atividades de alunos e atletas a partir de 23 de março. E passou a seguir os planos de contingência recomendados pelas autoridades locais, estaduais, do Ministério da Saúde do Brasil e da OMS em casos de pandemia, de respeitar o isolamento social, com trabalho à distância.

A pista de treinamento do CEAR Campinas, no Swiss Park (km 90 da Anhanguera) – onde o projeto é executado – foi fechada. Atletas e profissionais estão em suas casas, mas seguem realizando atividades em conjunto.

Os treinadores de atletismo elaboram planilhas de treinos adaptados, para serem realizados em casa pelos atletas com o intuito de manter a forma física e, consequentemente, contribuir para a manutenção da boa condição de saúde, tão indispensável na prevenção do avanço de novos casos da doença. Todo esse trabalho está sendo supervisionado pelo coordenador-técnico do IVCL Orcampi Ricardo D’Angelo.

O mesmo ocorre com o fisioterapeuta, que está enviando vídeos de exercícios preventivos, para serem realizados pelos atletas em suas casas, para a manutenção de suas condições atlética e de saúde. Também a psicóloga trabalha com agendamentos on-line para manter o acompanhamento oferecido aos atletas.

“Esperamos que as nossas ações de manutenção de atividades à distância contribuam para a condição de saúde e forma física de nossos atletas e colaboradores”, afirma D’Angelo.

O IVCL Orcampi conta com o patrocínio da CPFL Energia e o apoio do Instituto CPFL.