orcampi vai ao pódio do troféu brasil de atletismo pela 8ª vez consecutiva
O apoio de empresas como a CPFL leva equipe de Campinas a confirmar posição como a terceira força nacional; o ouro veio com jovens campeões como Daniel Nascimento, nos 10.000 m, e atletas experientes como Augusto Dutra, no salto com vara
A Orcampi alcançou o objetivo definido para o XXXVI Troféu Brasil de Atletismo, encerrado no domingo (11/6/2017), após três dias de competições, na Arena Caixa, em São Bernardo do Campo (SP). O time de Campinas ficou em terceiro lugar por equipes, com 307 pontos, atrás apenas de potências como o Pinheiros e a B3 Atletismo. Foi ao pódio da principal competição nacional pela oitava vez consecutiva, desde 2010. A equipe competiu com 63 atletas, misturando experiência e juventude.
O jovem Daniel Ferreira do Nascimento, de apenas 18 anos, foi um dos destaques da competição. Integrante da categoria sub-20 venceu fundistas adultos nos 10.000 m com o tempo de 29min13s34 e comemorou sua primeira medalha de ouro do Troféu Brasil de Atletismo. “Eu fui perguntar para o Thiago do Rosário André (de 21 anos, atleta dos 800 m e dos 1.500 m) como foi a adaptação dele na transição de juvenil para adulto e ele me disse que não era fácil, mas que eu teria de seguir focado e nunca deixar de acreditar que eu poderia conseguir. Vou dar um beijo nele!”, disse Daniel.
O fundista quebrou o recorde sul-americano juvenil da distância que pertencia a Franck Caldeira, campão pan-americano da maratona (Rio/2007) e vencedor da São Silvestre e que também correu o Troféu Brasil. “No adulto não é fácil, tem prova em que vou apanhar e outra em que vou bater. Até o Franck Carreira, perguntava: ‘E aí moleque quando você vai quebrar esse recorde?’ E eu dizia que iria quebrar quando ele estivesse na prova”, contou Daniel. Foi o que ocorreu – Daniel venceu veteranos como Franck Caldeira e Solonei Rocha da Silva. “Eu quero fazer resultados. O meu foco é disputar a Olimpíada. Desde a categoria Mirim até o Juvenil sempre fui determinado, precoce, mas é preciso sim fazer transições de uma categoria para outra.”
O técnico Alex Lopes, que trabalha com Daniel, desde que ele veio de Paraguaçu Paulista para Campinas, aos 15 anos, comemorou o resultado, mas alertou para o fato de o fundista ainda ser um atleta jovem. “Terá de amadurecer, é um processo pelo qual todo mundo passa. Nas provas de resistência a evolução para o alto rendimento costuma demorar mais, mas ele sempre correu em categorias acima e está conseguindo resultados ainda bem novo. Está no caminho certo, colhendo o fruto do trabalho, apesar de ser jovem. Os resultados estão aparecendo e aparecem para quem trabalha. Conseguiu brigar para ganhar a prova. Este é o momento dele, tem de aproveitar. E depois colocar a cabeça no lugar e voltar a treinar duro.”
Nos 10.000 m feminino, o ouro ficou com Tatiele Roberta de Carvalho (33min48s50). Outros ouros vieram com Lucas da Silva Coutinho, que venceu a forte prova dos 400 m, com 45s84; com Kleidiane Barbosa Jardim, campeã dos 1.500 m, com 4min23s58; e Augusto Dutra, no salto com vara, com 5,52 m – ele empatou com o campeão olímpico Thiago Braz na prova do Troféu Brasil no primeiro lugar do pódio.
A Orcampi confirmou o favoritismo nos 110 m com barreiras com pódio triplo. Éder Antônio souza venceu com 13s47, seguido por Eduardo de Deus (13s71) e Gabriel Constantino (13s63). “Feliz demais com essa vitória. Eu fui campeão do Troféu Brasil em 2009, 2010 e agora, depois de sete anos, vem outra vitória. Imensamente feliz. É uma prova muito rápida, entrei um pouco nervoso, mas procurei me concentrar o máximo possível. Mesmo assim entrei focado, bem determinado. O clima ajudou, a torcida também e consegui essa vitória”, disse Éder.
A campanha da Orcampi foi excelente, conforme avalia o técnico Evandro Lázari. “Ficamos entre as melhores do país pelo oitavo ano consecutivo e isso mostra que além da formação a gente consegue ter o atleta de alto nível e fazer, do sub-15 ao adulto, o desenvolvimento do atletismo. Estamos cumprindo a proposta do nosso projeto”, avaliou o treinador Evandro Lázari. “Isto mostra a seriedade e a consistência do trabalho de oito anos, para os parceiros e a comunidade. Não somos uma equipe ocasional, mas sim um grupo que está construindo uma história no país”, acrescentou.
A Orcampi tem o apoio do Instituto CPFL, que também acredita no desenvolvimento do Brasil pelo esporte.